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ENSINO REMOTO PRECÁRIO NA UFF
Contra a imposição na UFF ao Ensino Remoto, por um plebiscito para que possamos decidir!
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

O Brasil atualmente ruma para os 100 mil mortos pela Covid-19, sem política de testes massivos e leitos suficientes, com Bolsonaro já planejando cortar os poucos 600 reais de auxílio, enquanto isso o pensamento da Reitoria da UFF - e ela não é a única no país, é de voltar as aulas de forma virtual.

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Imagem: Brenno Carvalho / 13-12-2017 / Agência O Globo

Na última terça-feira(9/07), estudantes da UFF foram surpreendidos por uma minuta que alterava o calendário aprovado no ano 2019 para o ano letivo de 2020, com intuito de retornar às aulas com as chamadas Atividades Remotas Emergências(em outras universidades estão sendo chamadas de Ensino Remoto Emergencial). Até o momento não há uma confirmação sobre sua veracidade, tendo o DCE da UFF exposto que é uma minuta enviada pela Pró Reitoria de Graduação da UFF às coordenadorias de curso e a campanha “Contra a precarização, não ao ensino remoto. Mais assistência estudantil.” ter exposto como uma “suposta minuta”, neste texto.

Essa minuta, que ao que tudo indica, será apresentada na próxima reunião do CEPEX(Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão), órgão com caráter mais deliberativo da universidade, com o conteúdo de, partindo da suspensão do calendário por conta da pandemia, voltaria normalmente, apenas com a mudança de data e o suposto ensino remoto emergencial - que abordaremos mais à frente. Algo já absurdo, visto que vão ter se passado 6 meses desde a escolha dos estudantes de seu semestre e o calendário não garante o mínimo que é um período de ajuste.

A apresentação dessa minuta, demonstra como a reitoria é uma instituição preparada para descarregar crises como essa nas costas dos estudantes, e isto é da sua natureza, já que não é eleita pela maioria da universidade, os estudantes - estes detém um peso menor de voto para reitor do que os outros setores universitários, isso sem falar nos trabalhadores terceirizados que sequer tem direito à voto. Outra questão se põe sobre a decisão da aprovação sobre a minuta, que será feita como já falado no CEPEX, um conselho que poderia se dizer ser como o conselho de ministros do Reitor, sendo sua maior parte composto por pró-reitores, com uma minoria de trabalhadores e professores, e ainda menor de estudantes(sejam de pós graduação ou graduação).

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Assim, a intenção da reitoria é passar por cima de qualquer decisão que passe pelos estudantes, professores e funcionários. A medida autoritária visa o retorno às aulas no precário ensino remoto, que não leva em conta a situação de vida dos estudantes, suas condições de internet(apresentam os absurdos R$100,00 de auxílio-internet) e se há local de estudo adequado nas casas. As diversas pesquisas realizadas pela reitoria poderiam fornecer todos os argumentos contrários à implementação do EaD, porém, o mesmo setor que agora quer passar o trator, foi o que não liberou os resultados. Ou seja, a comunidade acadêmica não só não opina nos rumos da universidade, como fica no escuro quanto a situação dos estudantes, tendo que recorrer à pesquisas descentralizadas e feitas de forma autônoma por diferentes setores da UFF. O que favorece a posição de setores empresariais e com intuitos privatizantes interessadas em lucrar com a pandemia e desfavorece os cotistas e alunos proletários, que devem ser excluídos por essa decisão.

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Além disso, é importante remarcar que a mesma reitoria que quer implementar o ensino remoto a qualquer custo é a que não garante a vida dos trabalhadores. O Hospital Universitário vem sofrendo um processo de desmonte que culminou com 3 mortes de profissionais de saúde, pela falta de EPIs básicos.

Por um plebiscito já! que os estudantes possam decidir os rumos da UFF!

Por isso, nós da Faísca Anticapitalista e Revolucionária da UFF, defendemos que haja um plebiscito para que os estudantes possam participar ativamente das decisões que ditarão a universidade no período de pandemia. Não é a consulta pública do DCE que fará a diferença, queremos ter poder de decisão, afinal, somos nós e os trabalhadores os mais afetados pelo Ensino Remoto.

O DCE, que se diz democrático, acaba sendo correia de transmissão da reitoria com essa política que aceita de bom grado que seja a burocracia acadêmica que decida os rumos da universidade. Nós estamos na luta contra o Ensino Remoto, reivindicamos toda a luta contra o autoritarismo da reitoria como tem feito a campanha: “Contra a precarização, não ao ensino remoto. Mais assistência estudantil.”. Lutamos para que a campanha contra implementação dessa medida, possa ser potencializada com um mecanismo que os estudantes realmente possam decidir os rumos que querem para universidade.

 
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