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PARALISAÇÃO | TERCEIRIZADOS DOS CORREIOS
Terceirizados dos Correios fazem greve contra parcelamento de salários em Indaiatuba
Redação

Trabalhadores da empresa MG Terceirizações, que prestam serviços para os Correios de Indaiatuba, no Centro de Tratamentos de Cartas e Encomendas (CTCE) paralisaram hoje (8) contra parcelamentos dos salários. Funcionários relatam que estão também há mais de 3 meses sem nenhuma formalização de contrato de trabalho.

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Trabalhadores da empresa MG Terceirizações, que prestam serviços para os Correios de Indaiatuba, no Centro de Tratamentos de Cartas e Encomendas (CTCE) paralisaram hoje (8) contra parcelamentos dos salários. Funcionários relatam que estão também há mais de 3 meses sem nenhuma formalização de contrato de trabalho.

“Quem se importa com nossas vidas?” foi o que disse para o Esquerda Diário uma trabalhadora via denúncia anônima em maio deste ano. Trabalhadores relatam que desde o início da pandemia o que se viu foi apenas descaso. Falta de EPIs e medidas de segurança, e agora, o parcelamento de salários anunciado pela empresa MG Terceirizações, que disse que parcelará os próximos 90 dias de salários em duas vezes (sempre nos dias 16 e 29).

“Durante quase 3 meses de pandemia declarada a empresa pouco se importou de saber a condição de saúde dos trabalhadores, e fornecer equipamentos de segurança e proteção mínimos, como máscaras e luvas. Nenhum levantamento foi feito para saber quais funcionários são parte do grupo de risco e nenhuma adaptação eficaz foi feita para atender a demanda de trabalhadores que em meio ao isolamento social, aumentou.”

A paralisação de hoje (8) começou às 5h10 da manhã em frente ao CTCE dos Correios de Indaiatuba, uma central enorme que atende diversas regiões e tem grande demanda.

Em mensagem enviada de forma anônima para a redação do Esquerda Diário, eles informaram que a empresa MG Terceirizações anunciou um acordo feito com o Sindicato - que mostrou que em nada defendeu estes trabalhadores e trabalhadoras - de parcelamento dos próximos 3 meses de salários.

“Estamos desamparados, sem saber o que fazer, e o que nos resta é buscar socorro nas mídias”, é o que diz um dos trabalhadores terceirizados.

O Sindicato disse que colocaria os advogados e a estrutura do sindicato em função destes trabalhadores. Mas na hora do vamos ver, o sindicato virou às costas, e estes trabalhadores ficaram desamparados. Automatic word wrap
Já são três meses que muitos funcionários estão sem contrato de trabalho. A troca da empresa anterior para a MG Terceirização gerou este problema que deixa esses trabalhadores de mãos atadas aos mandos e desmandos da empresa que hoje fornece os serviços.

Este é mais um exemplo das consequências da terceirização, que ganham contornos ainda mais absurdos em meio à pandemia, permitindo que empresas ataquem as condições de vidas de trabalhadores que já vivem regimes ultra precários.

“Não vamos aceitar ficar todos aglomerados, trabalhando o mês inteiro para chegar no final do mês e não receber salários”. Isso foi o que disse um dos trabalhadores durante a paralisação.

É importante também que os trabalhadores efetivos dos Correios se coloquem em defesa das condições de vida e dos salários dos trabalhadores terceirizados. Essa unidade é que pode garantir a força da luta desses trabalhadores, e fazer com que não sejam eles que paguem os custos da crise, mas sim seus patrões, no caso, a MG Terceirizações.

 
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