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#BREQUEDOSAPPS na Argentina
Fortes protestos dos entregadores na cidade de Rosario na Argentina
Redação

Como parte da paralisação internacional dos entregadores, jovens precários dos aplicativos marcharam até a Sede do Governo reivindicando melhores condições de trabalho e contra o racismo.

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Neste primeiro de Julho está acontecendo uma paralisação internacional das e dos entregadores de aplicativo, contra o racismo e a xenofobia e exigindo direitos trabalhistas como ART [uma espécie de seguro de saúde garantido pela patronal, NdT], porque a precarização mata e as empresas expõem os trabalhadores à pandemia sem garantir condições mínimas para sua proteção. Na cidade de Rosário, na Argentina, se convocaram atos para a praça Pringles e marcharam até a sede do Governo.

Em distintas assembleias virtuais se votou o compromisso de coordenar o dia de hoje e impulsionar uma paralisação internacional, combinado com ações de rua. Sobre isso comentava Cuyen Perreta, trabalhadora municipal e do Rappi e militante da Rede de Trabalhadores Precarizados e Informais: "Esta iniciativa surgiu dos entregadores de App do Brasil, que vêem sendo muito golpeados pela pandemia, nós somos os trabalhadores mais expostos e se chegamos a nos infectar não temos ART [seguro médico, NtD] que nos atenda". A situação de milhares de entregadores é que não há nenhum tipo de direito trabalhista nem sindical e já são 6 mortos desde que começaram as quarentenas enquanto as empresas ignoram esta situação.

Catriel Sosa, delegada dos trabalhadores da Pedidos Ya declarou que se somaram a paralisação internacional porque "se a precarização é global, a luta dos trabalhadores também tem que ser, também pedimos justiça por Emma e basta de racismo e xenofobia". Catriel contou que há mais de um mês estão num acampamento político-sindical na cidade de Moreno e Córdoba. "É uma base para contar com um teto, água potável e um banho", o acampamento quase foi desalojado pelas autoridades municipais, mas pelo apoio social, político e dos grêmios continuou de pé.

A jovem entregadora contava que também se aproximam de outras lutas trabalhistas para levar seu apoio, " levamos a maior solidariedade a todos os trabalhadores porque se somos mais trabalhadores, somos mais fortes, e neste marco consideramos que justamente temos que sair as ruas porque todos os governos estão de olhos fechados para nossa situação, também nesta paralisação estamos marchando contra o racismo e a xenofobia que se vê no Brasil e na Argentina, contra a repressão policial como no bairro Qom de Rosario, que a polícia vai constantemente reprimir ou como se passou em Chaco que a violência da polícia é cotidiana contra os povos originários". Sobre a quantidade de entregadores que há na região, ela contava que o número é impreciso porque se dizia antes que haviam 3 mil à principio, mas quando começou a quarentena houve um boom, fruto da mesma crise econômica que a obrigou a recorrer a trabalhar nos aplicativos, e neste sentido declarou: "também estamos exigindo que não se corte a IFE [Ingresso Familiar de Emergência, uma espécie de auxilio dado pelo governo aos trabalhadores na quarentena, NtD], que seja para todos que a necessitam, aqui há muitas pessoas que necessitam receber este auxilio, porque há uma crise terrível que já existia, mas que com as quarentenas se aprofundou".

 
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