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ABSURDO
AGORA: Dória anuncia abertura de escolas em 8/9 sem garantir segurança contra Covid-19
Redação

O governador do estado de São Paulo João Doria (PSDB) e seu secretário da educação Rossieli, anunciaram hoje (24) o plano previsto para reabertura das escolas. Conforme o planejamento, a retomada será feita seguindo supostos protocolos de segurança, no entanto, frente às precárias condições das escolas públicas e do sistema de saúde, não há garantia alguma de que esse retorno às aulas será de fato seguro.

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Conforme anunciado hoje (24) Doria e Rossieli pretendem reabrir as escolas a partir do dia 8 setembro. Na primeira etapa, a ideia é que 35% possam retomar as atividades escolares, a partir de um sistema de revezamento. Esse esquema a ser adotado, faz que mais 12,3 milhões de tenham que arriscar suas vidas, em meio à pandemia, para ir às escola uma vez por semana.

São notórios os catastróficos efeitos sociais da pandemia do coronavírus na classe trabalhadora brasileira. Com a retomada das atividades econômicas, a falta de disponibilização de EPIs, e de políticas para combater a crise, como testagem massiva e ampliação de leitos, o número de mortes tem aumentado brutalmente, mesmo nos dados oficiais que são distorcidos pela subnotificação.

Contabilizados esses elementos mencionados com as precárias condições na quais as escolas públicas se encontram, uma vez que muitas sequer contam com equipe limpeza ou demais materiais para higiene, como sabonete, torna-se a absurda a proposta feita por João Doria e Rossieli. Essa ação do governador, conjuntamente com as demais, mostra como a prioridade sempre foi a manutenção do lucro dos grandes empresários, não combater a crise. A política de reabertura das escolas está diretamente vinculada e de reabertura da economia, posto que os filhos dos trabalhadores precisam ficar nas escolas enquanto seus pais, assim como eles, têm suas vidas arriscadas para que os capitalistas sigam lucrando.

É absurdo que se considere a retomada das atividades escolar frente ao nível de crise que o Brasil, sobretudo São Paulo, se encontram nesse momento. Com alta taxa de ocupação dos leitos e o crescente número de mortes, a luta pela disponibilização de testes massivos e pela estatização de todos os leitos sob o controle dos trabalhadores da saúde é crucial para que a classe trabalhadora não pague mais o preço pela crise.

Conjuntamente, é preciso exigir melhores condições para a escola pública, como a contratação de mais trabalhadores limpeza e de professores, sem que estes sejam contratados sob regimes precários de trabalho, ao passo que a estrutura da escola deve ser melhorada também. As grandes centrais como CUT e CTB e o sindicatos como a APEOESP precisam romper com a sua paralisia urgentemente para organizar de forma unificada os trabalhadores contra os ataques dos governos.

 
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