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METROVIÁRIOS SP
Doria quer massacrar os metroviários! Greve dia 1/7! Junto com os entregadores!
Francielton Banareira, diretor do Sind. dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe
São Paulo
Rodrigo Tufão
diretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe
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A direção do Metrô de SP anunciou nessa segunda(22) uma série de ataques ao acordo coletivo dos metroviários depois de não aceitarem adiar as negociações para o final da pandemia. Não negociaram, simplesmente anunciaram os cortes. Entre essas cláusulas, estão o plano de saúde da categoria e o adicional risco de vida, além de benefícios alimentícios, farmácia, auxílio e estabilidade em caso de doença, entre vários outros, com cortes já no pagamento desse mês e descontos retroativos ao mês passado. Justamente durante uma crise sanitária, onde os metroviários estão na linha de frente, trabalhando sob risco durante toda a quarentena mal feita pelo governo de SP; justamente na semana em que morreu o primeiro metroviário que estava em serviço por covid-19 e são quase 300 afastamentos de metroviários por contaminação ou suspeita; justamente quando o país passou as terríveis marcas de 1 milhão de contaminados e 50 mil mortos; justamente quando o estado reduz a quarentena ao mesmo tempo em que bate o recorde de ocupação de leitos, deixando o metrô mais lotado e, com essa mesma justificativa, convocando criminosamente de volta ao trabalho presencial os idosos afastados; a empresa ataca profundamente nosso acordo coletivo, inclusive na saúde, "risco de vida" e alimentação, para seguir o projeto privatista do governador. 

Veja aqui ponto a ponto dos ataques aos metroviários.

Frente a isso, só temos uma escolha: construir já uma forte greve para barrar esses ataques, ou Doria e o Metrô acabam com nossos direitos e vidas. A melhor data é o dia 1/7, dia seguinte ao nosso pagamento, e para o qual está sendo chamada também uma paralisação dos entregadores de apps, com quem podemos nos unificar, tendo tempo pra construir a greve com a força necessária. Para isso, precisamos organizar a força de milhares de metroviários. As lives que o sindicato está fazendo e as assembleias online, onde os trabalhadores só podem assistir e clicar "sim ou não", não são suficientes. É preciso que os trabalhadores possam decidir os rumos da luta. Por isso, nós da Chapa 4 - Nossa Classe estamos propomos reuniões de base em todos os lugares, que podem ser online, em que todos os trabalhadores possam falar, dar ideias, fazer propostas e votar, e que elejam representantes pra levar essas propostas a um comitê, que também pode se reunir online, que debata todas as propostas de todas as áreas do metrô, e as apresente pra serem votadas uma a uma nas assembleias. Também achamos que o sindicato deve buscar um local aberto, muito maior que nossa quadra, onde se possa garantir as condições para, se a categoria tiver disposição, reunirmos uma assembleia presencial, em que se garanta o distanciamento entre as pessoas e todas as medidas sanitárias, mesmo com milhares de metroviários. 

A nova situação, após as manifestações antirracistas e antifascistas, que ecoaram a luta que explodiu nos EUA e se espalhou pelo mundo, nos fortalece para essa luta. Podemos ganhar o apoio da população, se mostrarmos que esses ataques não são por queda de arrecadação, estavam planejados há anos, e o Metrô aproveita a pandemia pra atacar os trabalhadores que estão se arriscando na linha de frente, enquanto o governo repassa subsídios para as linhas de metrô privatizadas, mas não para o metrô estatal, cujos diretores, ao mesmo tempo, continuam com seus supersalários. 

Outros trabalhadores estão se organizando, e em especial os entregadores de Apps também estão se mobilizando contra as precárias condições de trabalho que empresas como Ifood, Uber e Rappi submetem seus empregados. Uma paralisação está marcada em todo o Brasil, com uma chamado conjunto em diversos paises, para dia 01/07. É hora de somarmos força, os metroviários devem se organizar em cada local de trabalho e preparar uma grande greve dia 01/07, parando SP e mostrando que somos todos trabalhadores dos transportes, essenciais, e não vamos aceitar retirada de direitos de quem está se arriscando para transportar pessoas e alimentos durante essa crise.

VEJA TAMBÉM "Só temos uma escolha: mobilização pela base já ou o Metrô acaba com nossos direitos e vidas"
 
foto: @lunapramudarsp

 
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