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RACISMO ESTRUTURAL
A cada 8 minutos 1 negro morre no Brasil por COVID-19
Redação

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Vigilância em Saúde divulgaram dados referentes às mortes por Covid-19 no Brasil e no mundo da semana 07/06 a 13/06 desde o boletim epidemiológico número 18, os negros correspondem um total de 15.709 mortes desde o início da pandemia até a semana epidemiológica 24 (13/06).

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A pandemia do coronavírus vem destruindo as comunidades negras pelo mundo inteiro, os imperialismos e as burguesias locais tentam cobrir o aprofundamento do racismo estrutural com o subnotificações, no Brasil das mais de 50 mil mortes por covid 6.047 mil mortes o quesito raça/cor é ignorado e 7.757 delas não são informadas no registro de óbito.

Os números absurdos de mortes entre negros por conta do coronavírus não tem nada a ver com predisposições genéticas que o negro tem em relação ao branco que o coloca em uma situação mais vulnerável às epidemias e doenças e sim porque a imensa maioria dos trabalhadores no Brasil são negros. O fato do coronavírus matar um negro a cada 8 minutos no Brasil está totalmente vinculado às condições precárias do sistema de saúde e sanitárias, somado ao fato dos negros estarem nos serviços que são linha de frente, como os jovens negros que arriscam suas vidas hoje na entrega de comida em aplicativos, ou as trabalhadoras da saúde, os garis, rodoviários, terceirizados, as empregadas domésticas e tantos outros.

Isso é sem dúvida uma herança de um Brasil escravocrata onde os negros foram explorados para enriquecer uma burguesia branca que nunca deixou de se apoiar no racismo e na violência policial para nos deixar numa condição de miséria e pobreza.

Hoje não é diferente, o negacionismo de Bolsonaro e os governadores que flexibilizam as quarentenas de maneiras distintas caminham para dar continuidade a um projeto de país racista que desconta a crise nas costas dos trabalhadores. Para os trabalhadores e o povo negro faltam leitos de UTI, respiradores, hospitais de campanha, testes, um auxílio emergencial de 2.000 reais e a redução dos preços de alimentos, mas ao contrário essa mesma burguesia que sempre quis colocar correntes dos pés a cabeça no povo negro e nos trabalhadores, flexibilizou as quarentenas em meio ao pico da pandemia e da grave crise do sistema de saúde para garantir os lucros dos empresários.

A polícia de Doria e Witzel vem fazendo uma verdadeira chacina nas favelas e nas periferias, no projeto de país onde se garante as taxas de lucros dos capitalistas enquanto se somam dezenas de milhares de mortes, a violência policial reforça o caráter racista e autoritário desses governos. Guilherme e João Pedro e tantos outros foram vítimas dessa política racista que sufoca os negros no Brasil e no mundo inteiro como foi o caso de George Floyd nos EUA. Mas como diria Marx, nós não temos nada a perder além de nossas correntes, a luta negra nos EUA contra a violência policial e por justiça a George Floyd mostra como os negros e os trabalhadores podem erguer uma força capaz para acabar com o racismo e vencer os que nos oprimem e exploram.

Se esse sistema e regime já não podem nos oferecer nada além de assassinatos pela polícia, exploração e uma morte a cada 8 minutos por covid, sejamos fortes para erguer outro sistema, sem racismo e exploração. Como dizia Malcom X não existe capitalismo sem racismo, lutemos pelo fim desse sistema que não nos deixa respirar!

 
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