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ESTADO RACISTA
ESCÂNDALO: Delegado responsável pelo caso João Pedro esteve presente na ação que matou o jovem
Redação
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Um relato confirmou que o delegado responsável pela investigação do homicídio do menino João Pedro Matos Pinto, de 14 anos, estava na operação das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, que culminou na morte do adolescente.

Allan Duarte, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, se encontrava dentro de um um veículo blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) que entrou na favela, no dia 18 de maio. Três agentes da especializada, que fizeram disparos contra a casa onde João Pedro estava, são investigados pelo crime.

A confirmação da presença do delegado na operação compromete a investigação, mostrando mais uma vez como o aparato repressivo do Estado não tem interesse na solução desses casos, pelo contrário possui o interesse de acobertar seus companheiros de operação.

A participação de Duarte na ação foi revelada pelo também delegado Sérgio Sahione, titular da Core na época da operação, em depoimento ao Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público do Rio. O relato foi feito na última terça-feira. Nesta quarta-fera, Sahione pediu demissão do cargo.

O delegado deve ter testemunhando como, segundo depoimentos colhidos de moradores e outras testemunhas e diferente da versão oficial dos policiais, não haviam traficantes na casa em que eles efetuaram os disparos, e era possível visualizar o adolescente assassinado e um grupo de jovens na casa.

De acordo com a testemunha, a partir do momento em que os policiais passaram pelo portão, já era possível ver o grupo de adolescentes deitados na sala — a porta e a janela do cômodo, que dão para a parte da frente do terreno, são de vidro. Tanto os jovens podiam ver os policiais quanto os agentes também os viam, segundo o depoimento.

Precisamos nos apoiar na luta antirracista internacional que mostra como a mobilização é o caminho para exigir justiça pela morte de João Pedro, e tanto outros jovens assassinados pela brutalidade policial mesmo em meio a pandemia. Sem mobilização o Estado racista continuará acobertando impunemente as mortes dos nossos jovens negros. É necessário exigir a investigação do estado, mas também cobramos uma investigação independente que os membros de organizações de direitos humanos, sindicatos e ativistas tenham acesso às investigações e que os acusados vão para júri popular.

Exigimos justiça para João Pedro!

Basta de morrer pelas balas da polícia, pela COVID e pelo lucro dos capitalistas!

 
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