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MILITARIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Tomado por Militares, Ministério da Saúde quer policiar redes sociais de funcionários
Redação

Além de censurar dados relacionados aos casos de Covid-19 no Brasil, agora o Ministério da Saúde, repleto de militares, encaminhou e-mail contendo “Dicas Éticas” a seus servidores.

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Imagem: Reprodução

Tratando do comportamento privado de seus servidores nas redes sociais, deixam claro que o conteúdo das postagens será monitorado e submetido ao filtro ideológico do governo.

Segundo consta na cartilha enviada pelo Ministério da Saúde, “quem vê seu perfil ou posts nas redes sociais, seja no WhatsApp, Facebook, Twitter e outras, está vendo também os comentários, fotos e informações de um agente público. As redes sociais são ferramentas muito úteis e práticas, mas devem ser usadas com cuidado”.

Dizem também que isso pode afetar o desenvolvimento da carreira profissional: “a função pública se integra na vida particular de cada servidor público e, por isso, os fatos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional”.

Esse tom ameaçador corresponde à lógica da censura, velha conhecida dos militares em seu governo saudosista da ditadura, combinada a um controle sobre a vida pessoal dos funcionários. Afirmam: “A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele”.

A pasta hoje, composta por dezenas de militares, sendo 30 somente em cargos estratégicos, também tem afastado funcionários, segundo denúncias, por tratarem de casos de aborto previstos em lei. Ao menos dois servidores já foram afastados, em um país em que milhares de mulheres, em sua maioria negras, morrem todos os dias vítimas de aborto clandestino por responsabilidade do Estado e que, com Damares, Igrejas e militares à frente, quer restringir esse direito ainda mais.

O clima de perseguição e censura, combinado à pandemia que está sendo enfrentada com reabertura, sem testes e leitos, é a cara do governo Bolsonaro. Precisamos enfrentar o presidente, Mourão e seus ministros, sem nenhuma confiança no STF e nesse regime golpista que pavimentou o caminho para sua eleição e que veio sendo conivente com as reaberturas econômicas, as demissões e o desemprego significando ainda mais mortes e crise.

 
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