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CORONAVÍRUS NO RS
Bandeiras vermelhas no RS mostram que política de Leite está levando a saúde ao colapso
Redação Rio Grande do Sul

Quatro regiões do Rio Grande do Sul teve a cor de suas bandeiras no Distanciamento Controlado de Leite passada para vermelha pelo aumento do casos de COVID-19 e pela pouca disponibilidade de leitos nas regiões. Alguns hospitais do Estado já declaram que poderão entrar em colapso até o fim do mês.

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Neste sábado (13), o governador Eduardo Leite anunciou na nova rodada do “distanciamento controlado” quatro regiões do Estado do Rio Grande do Sul que passaram para a bandeira vermelha, classificação essa demonstra um aumento da gravidade do coronavírus nessas regiões e que na prática fechará parte do comércio e do setor de serviços. O agravamento da pandemia nessas regiões é fruto da política assassina de Leite em abrir praticamente toda a economia sem garantir as condições mínimas de saúde por parte do Estado, e agora mais de 15 mil gaúchos já estão contaminados pelo vírus.

As regiões que estão com a bandeira vermelha são as regiões de Caxias do Sul, Santa Maria, Santo Ângelo e Uruguaiana. O governo estadual mostrou que as classificações são consequência de dois fatores: a piora contínua dos indicadores de propagação do coronavírus e da capacidade do sistema de saúde. Na região de Caxias do Sul, por exemplo, as hospitalizações confirmadas por COVID-19 cresceram 173,9% em duas semanas, passando de 23 para 63 pacientes. Os prefeitos dessas regiões se revoltaram com o “retorno de um certo nível de restrição” já que o intuito deles é manter o lucro das empresas da região e não evitar que mais vidas sejam sucumbidas pela COVID-19. Inclusive muitos prefeitos afirmaram que não irão cumprir as novas normas de restrição, mostrando a verdadeira face desses políticos vendidos pros patrões.

A situação vem se agravando no Rio Grande do Sul a muito tempo, antes mesmo de começar o tal do “Distanciamento Controlado”. Mesmo com os casos no Estado estarem menor do que no restante do país, havia muitos casos subnotificados, como um aumento de mais de 600% dos casos de morte por síndromes respiratórias agudas em todo Estado. Mas isso a Zero Hora fez questão de ignorar e dizer que o governo de Leite era o mais eficiente no combate ao coronavírus e ao isolamento social. Os dados já mostravam antes ao contrário desse discurso, já que desde o primeiro decreto de Leite para flexibilizar o comércio o número de casos de COVID-19 disparou. Na primeira semana do “Distanciamento Controlado” o Estado já bateu o recorde de mortes em menos de uma semana, sendo um terço das mortes até então. Em duas semanas o Estado contabilizou em apenas um dia mais de 1000 casos, número esse que não foi divulgado pela mídia e muito menos colocado no site da Secretaria de Saúde do Estado. A situação já vinha alarmante desde o início do decreto mas era completamente ignorada por Leite e a mídia burguesa.

Agora a situação se agrava profundamente. Algumas cidades do Estado já se preocupam com a situação das UTIs, onde muitas delas já estão com a maioria dos leitos ocupados. Nesta segunda feira (15) o Hospital de Clínicas já afirmou que irá entrar em colapso até o fim do mês de junho caso as internações continuem. Enquanto isso o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, alinhado com Leite, faz demagogia em dizer que está preocupado com o aumento dos casos e voltar atrás da flexibilização, já que o decreto anunciado nesta segunda feira pela Prefeitura, não irá fechar sequer 10% do comércio da cidade, algo completamente insuficiente, deixando os trabalhadores seguirem expostos aos vírus e os capitalistas continuarem enchendo os seus bolsos e lucrando em cima da vida e da morte da população.

Eduardo Leite que aparece como o mais “sensato” e o “racional” durante toda a pandemia frente ao negacionismo bolsonarista, mostrou que seu discurso demagogo na verdade foi seguir a mesma linha Bolsonaro para abrir tudo mesmo com a pandemia se avançando. As regiões que estão com bandeira vermelha mostra a gravidade da situação, mas estabelecer novas restrições ainda não é o suficiente. Nós do Esquerda Diário levantamos desde o início da pandemia a necessidade de testes massivos para toda a população. Pois o isolamento social total é uma medida medieval que não permite saber de fundo quem está infectado. Os testes massivos permitiria saber quem está infectado e ser isolado e receber os devidos cuidados.

Assim como a necessidade de reconverter toda a indústria gaúcha para produzir respiradores e EPIs, estatizar toda a rede de saúde privada para evitar o colapso de leitos de UTI na saúde pública. Precisamos da contratação imediata de todos os profissionais e estudantes da saúde desempregados. E para além disso, garantir que todo trabalhador do grupo de risco possa ficar em casa com 100% do seu salário, proibindo as demissões e garantindo uma renda mínima de 2 mil reais para todo trabalhador para que não tenha que pagar com a sua vida pela crise.

 
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