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PRIVATIZAÇÃO DE AEROPORTOS
“vamos arrebentar na venda de aeroportos”: na pandemia, governo quer acabar com patrimônio público
Natalia Mantovan

Em live do Banco Santander, ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirma que mesmo com a pandemia, venda dos aeroportos será um sucesso já que ofertas serão atrativas.

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Enquanto a pandemia ceifa milhares de vidas e deixa outros milhares sofrendo nas filas e nos hospitais precários e os profissionais da saúde são deixados a própria sorte, longe de concentrar esforços para garantir produção de EPIs e insumos, centralizar o sistema de saúde ou mesmo garantir auxílios e condições mínimas de existência as famílias que amargam o desemprego, a preocupação do governo, como já noticiamos, é vender aeroportos [link https://www.esquerdadiario.com.br/Em-meio-a-pandemia-prioridade-do-governo-Bolsonaro-e-vender-barato-portos-e-aeroportos ].

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou em uma live do Banco Santander que a intenção é aproveitar o momento pra vender tudo. Bem no estilo das “queimas de estoque” dos comerciais de grandes lojas, o ministro parece querer acalmar os privatistas que pensam que as vendas serão fracassadas porque o setor aeroviário tem sofrido com a crise econômica e os desdobramentos da pandemia, garantindo que as vendas serão um sucesso pela atratividade, ou seja, serão vendidas a preço de banana e com condições privilegiadas para agradar os mercados.

Além de preços baixos e condições exclusivas, como o fato de qualquer empresário poder comprar, não apenas os do ramo aeroportuário, o ministro sinalizou que vai pressionar para uma reabertura dos aeroportos. “Lógico que [o setor aéreo] é o mais atingido pela crise e é o mais vulnerável a uma questão comportamental, mas tanto nós [o governo], quanto as empresas aéreas, vamos vir com os protocolos, os procedimentos de segurança e, então, aos poucos, o movimento vai ser retomado”, promete aos investidores.

A previsão é ofertar, na sexta rodada, 22 aeroportos agrupados em três blocos regionais com as configurações Bloco Sul: aeroportos de Curitiba; Foz do Iguaçu (PR); Londrina (PR); Bacacheri (PR); Navegantes (SC); Joinville (SC); Pelotas (RS); Uruguaiana (RS) e Bagé/RS. Bloco Central: aeroportos de Goiânia; Palmas (TO); Teresina (PI); Petrolina (PE); São Luís (MA) e Imperatriz (MA). Bloco Norte: aeroportos de Manaus; Tabatinga (AM); Tefé (AM); Rio Branco e Cruzeiro do Sul (AC); Porto Velho e Boa Vista.

“E já na sequência a gente vem com os aeroportos da sétima rodada, como Congonhas (em SP) e Santos Dumont (no Rio de Janeiro). Quem vai deixar de fazer negócios em Congonhas ou no Santos Dumont? Na Rodovia Presidente Dutra? No Porto de Santos? Então, temos portfólio, excelentes artigos e sofisticação na estruturação [dos contratos], pela forma como estamos tratando o risco, de forma cada vez mais equilibrada", mais uma vez falando como um anunciante de saldão.

"Estamos muito confiantes. E essa confiança não é desarrazoada. Ela nasce das conversas que temos tido com os investidores. Sabemos que estamos no caminho certo e vamos começar a perceber isso com os primeiros leilões bem-sucedidos. E vamos caminhando a passos lentos para atingir nossa meta de R$ 239 bilhões", disse Freitas, garantindo que não faltará linhas de créditos. "Há que se ressaltar que não vai faltar crédito para a infraestrutura. A própria iniciativa do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] de atuar na questão das garantias, nesse momento em que o banco está fornecendo linhas de crédito para os diversos setores atingidos, preserva parte do capital para esses projetos de infraestrutura".

Ou seja, além de entregar os aeroportos a preço de banana para os capitalistas lucrarem em segurança, dando de bandeja um patrimonio que deveria ser controlado pelos trabalhadores e a população, ainda garante que não vai faltar crédito pra este setor, crédito que não está disponível para garantir insumos e EPIs, leitos e respiradores ou mesmo crédito que poderia estar disponível para os pequenos produtores, trabalhadores e pequenos donos de negócios arruinados, setor que não está encontrando apoio algum além das promessas de reabertura comercial insalubre.

* com informações da Agência Brasil

 
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