Eduardo Pazuello foi alçado ao comando do ministério da Saúde após a saída de Nelson Teich, mesmo sem ter nenhum conhecimento técnico da área. No dia de ontem (24/05) o general acompanhou Bolsonaro em meio a mais uma das manifestações da base de apoio do governo, desrespeitando as orientações sanitárias de evitar aglomerações.
Foi a primeira vez que um ministro da saúde participou de uma dessas manifestações, numa mostra do maior alinhamento dos militares em relação ao presidente. Com Pazuello a frente da pasta avançou a militarização da pasta, com o general nomeando vários militares para a área.
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A medida que avança a crise política no país testemunhamos os militares deram mais gestos de apoio ao presidente, principalmente em confronto com o judiciário e em defesa dos poderes do Executivo. A nota abertamente golpista assinada pelo ministro Heleno, referendada pelo ministro da Defesa e militares da reserva, é a maior demonstração dessa escalada de tom.
Nem a divulgação do vídeo da reunião ministerial abalou essa aliança. Pelo contrário, mostra nos bastidores o conforto dos generais na atual posição que ocupam, partilhando sem constrangimento dos valores dos demais ministros reacionários.
Mais do que nunca, é preciso fortalecer uma política pelo Fora Bolsonaro, Mourão e os militares, combatendo esse autoritarismo do governo. É necessário levantar uma alternativa dos trabalhadores independente das demais alas também autoritárias que se confrontam com Bolsonaro, como o STF e os governadores, mas também possuem seus próprios métodos autoritários. O povo tem que decidir, por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana!
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