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GOIÁS
Caiado e Bolsonaro mantém fechado hospital pronto há 23 dias no Entorno do DF
Leonardo Prudencio
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Construído em 15 dias, o hospital de campanha de Águas Lindas de Goiás, cidade do Entorno do Distrito Federal, está pronto desde o dia 22 de abril e ainda não tem previsão de inauguração. A região concentra um dos maiores índices de morte por coronavírus, atrás somente da área metropolitana de Goiânia, e já conta com mais de 50 casos confirmados da doença, número subdimensionado pela falta de testes massivos para os moradores do local.

A obra custou no total 15 milhões de reais e dispõe 200 leitos imprescindíveis para a cidade de Águas Lindas e todos os municípios da região, já que o Entorno do DF não possui nenhum leito de UTI disponível. Trata-se do primeiro hospital de campanha implantado pelo governo federal e foi visitado tanto pelo presidente quanto pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, momento em que ambos se abraçaram e Bolsonaro declarou que “tem que haver contaminação total”, explicando assim o porquê de ambos agora não tomarem a responsabilidade pelo custeio da instituição.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde e Caiado estão continuadamente atrasando a compra dos equipamentos necessários para a UTI e dos respiradores essenciais para o tratamento da COVID-19 no hospital de campanha. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, serão necessários no mínimo mais duas semanas para dar início às operações do hospital, cuja gestão será entregue à iniciativa privada por meio de uma OS. Desse modo, em um cenário com média diária de mais de 700 mortes por dia devido ao coronavírus no Brasil, Ronaldo Caiado mostra que segue à risca a política de Bolsonaro, espalhando a morte ao negar atendimento hospitalar para mais de um milhão de pessoas que vivem no Entorno do DF para depois garantir os lucros das empresas privadas da saúde.

Só mesmo apostando na organização da classe trabalhadora é possível ver uma saída para a pandemia que não represente uma pilha de dezenas ou milhares de corpos de trabalhadores e do povo pobre. Urge que os trabalhadores avancem, assumindo o controle da produção. Não devemos confiar em Caiado e Ibaneis, pois estes usam os trabalhadores como moeda de troca, não preparam testes massivos e não investem em equipamentos para combater a pandemia e, além disso, permitem que os capitalistas sigam oprimindo os trabalhadores obrigando-os a furar a quarentena sob a ameaça do desemprego. É preciso, ao contrário, uma lei que proíba demissões e a garantia de uma renda mínima de R$ 2 mil reais para informais, desempregados e todos que estiverem em condições de necessidade.

 
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