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COMPRANDO ALIADOS
Bolsonaro avança em compra de apoio do centrão com verbas da educação do FNDE para o PL
Redação

Em sua busca pelo apoio do centrão, Bolsonaro vai “lotear” o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com recurso de R$ 29, 4 bilhões em 2020. O primeiro contemplado é o PL, com a Diretoria de Ações Educacionais do FNDE.

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O PL do deputado Valdemar Costa Neto, deputado condenado na ação do mensalão referente à compra de votos por parte do governo petista em 2005, será o primeiro partido contemplado por Bolsonaro na distribuição de cargos e verbas da educação para comprar a “amizade” do famigerado “centrão” da Câmara.

Sim, aquele centrão que tantas vezes você ouviu ele dizer que não teria esquemas e acordos com seu governo, e que agora é o alvo principal de suas alianças para consolidar seu governo. O centrão da política fisiológica, do golpe institucional, do velho “toma-lá-dá-cá” da política oligárquica e coronelista do regime político brasileiro.

Garigham Amarante Pinto, ex-assessor do PL na Câmara, foi nomeado no Diário Oficial da União dessa segunda-feira, 18, para ocupar a Diretoria de Ações Educacionais do FNDE. O órgão do MEC, pelo seu alto orçamento, é um dos mais disputados pelos abutres dos partidos patronais para seu festim político, onde a possibilidade de corrupção e desvio de verbas (ou de usos legais e imorais) é sempre um dos grandes atrativos.

O cargo que vai para o PL é importante, mas não foi o primeiro a ser loteado ao centrão na busca de Bolsonaro por evitar qualquer possibilidade de impeachment e tentar costurar uma renovada base de apoio no Congresso após a crise da saída de Sérgio Moro de seu ministério. Antes, o mal-chamado “Progressistas” (antigo PP de Maluf), já havia abocanhado o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), autarquia com orçamento de R$ 1 bilhão neste ano. Já o “Republicanos” conseguiu a sua boquinha na Secretaria de Mobilidade Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional. É apenas o começo: para conseguir o apoio dessa corja, Bolsonaro vai ter que contemplar cada um desses partidos vendidos, que esperam lambendo os beiços para ver que fatia do orçamento público podem conseguir para suas negociatas sujas.

Ao menos nove órgãos, departamentos e empresas públicas surgem como possibilidades para o centrão, que ainda tem partidos como Solidariedade, PSD e PTB esperando para ver o que podem conseguir em troca de seu apoio ao presidente da extrema-direita que segue defendendo a ditadura, o AI-5, a tortura e a nossa morte com o retorno pleno ao trabalho e sem testagem massiva para o coronavírus.

Bolsonaro, enquanto sequer paga regularmente o miserável e extremamente necessário auxílio de R$ 600 para quem está sendo duramente atingido pela crise, reserva a seus novos aliados do centrão o controle de R$ 78,1 bilhões do orçamento público, mostrando que para além de sua retórica e seus desejos fascistas, faz a mesma velha política suja que sempre se viu entre a classe dominante capitalista.

 
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