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CORONAVÍRUS
No RS aumenta número de surtos de COVID-19 em frigoríficos e Leite quer mante-los abertos
Redação Rio Grande do Sul

Segundo o último boletim da Secretaria Estadual da Saúde, o número de surtos em frigoríficos, principais focos do novo Coronavírus no estado, subiram de 12 para 17.

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Na última quarta-feira (13), foi divulgado o último boletim da Secretaria Estadual da Saúde do estado, que registrou o aumento de casos de surto de COVID-19 em locais fechados no estado do Rio Grande do Sul de 19 para 30, um aumento de 11 casos desde a última semana. Destes, 1 caso foi encerrado e os outros 29 ainda estão em investigação. Dos focos notificados, 21 são das indústrias, os demais de lares geriátricos e uma casa lar. Na indústria, mais um número alarmante é o dos frigoríficos, que já eram o principal foco no estado, que aumentaram de 12 para 17 locais, a maior parte na região norte do estado.

Dos casos contabilizados apenas nos surtos em locais fechados, já se somam 409 confirmados de doentes e 2 pessoas já vieram a falecer, uma na cidade de Garibaldi e outra na cidade de Lajeado.

A incidência gigantesca e aumento exponencial dos surtos nas indústrias é o resultado da sanha destrutiva do empresariado capitalista que expõe ao máximo a vida dos trabalhadores para que, mesmo em meio à uma pandemia, com suspeitas de casos da doença em seus próprios locais de trabalho, fazem questão de mantê-los em seus postos de trabalho, muitas vezes de forma precarizada e sem equipamentos de proteção necessários, fazendo com que a doença se alastre pelo setor e consequentemente pela cidade e estado, tudo em nome dos seus próprios lucros, desconsiderando a vida dos trabalhadores que já estão pagando com a própria vida a crueldade dos capitalistas.

Enquanto isso, o governo do estado segue em seu projeto de flexibilizar a quarentena com o decreto do governador Eduardo Leite que se propõe a realizar uma abertura de “distanciamento controlado”, mas que na prática não assegura nenhum distanciamento e nem controle, e nem mesmo se faz possível realizar, pois o estado não cumpre com sua obrigação que seria a de garantias de investimentos no sistema de saúde e de testagens em massa para saber de fato que são as pessoas infectadas para que possam ser isoladas e receberem o devido cuidado. Sendo assim, o novo decreto não só não é nada responsável, como tenta transparecer o próprio Governador, como é um tiro no escuro que arrisca a vida da população gaúcha, sendo sancionado por pressão do empresariado que não se importa em passar por cima da vida dos trabalhadores, para defender seus ganhos acima de tudo.

É preciso exigir que a quarentena seja organizada de forma racional, fechando todos os serviços não essenciais, testando toda a população para saber quem de fato está contaminado, principalmente os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente no combate ao vírus. é necessário também garantir uma renda mínima para os desempregados, proibindo as demissões e reduções salariais, e ampliando a rede SUS, centralizando todos os leitos de UTI nas mãos dos trabalhadores e do SUS.

 
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