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Novo rodízio de Covas lota transporte público, o que levará à mais contaminados e mortes em SP
Redação

Decreto de Bruno Covas que estebeleceu uma rotatividade de 50% na circulação de carros teve como resultado direto a lotação dos transportes públicos paulistas, que por décadas sofrem um processo de sucateamento e privatização tucana, em especial o metrô.

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Bruno Covas e Doria representam a ala que tenta pousar de racional e a favor das vidas. Contudo, não tomam medidas básicas como a construção de hospitais preparados para tratar os infectados nos bairros mais atingidos pela epidemia, como a Brasilândia que mal tem 1 hospital. Mas não só, a prefeitura de Covas ordenou que o rodízio deve aumentar para 50% dos dias, o reflexo direto disso foi a lotação dos transportes públicos.

Muitos trabalhadores que possuem carros são obrigados a trabalhar pelos seus patrões, independentemente de mudanças municipais sobre transporte, isso deveria ser uma obviedade. já que independentemente do discurso pró quarentena, muitos empresários detém aval para colocar a vida de trabalhadores em risco. Mês passado, Covas e Doria já discutiam sobre a reabertura da economia para o início de Maio, fato que deu força para toda política assassina capitalista de reabertura econômica, que Bolsonaro é o defensor mais radical; preocupados para que sejam os trabalhadores pagarem a crise com suas vidas. A consequência do rodízio ampliado foram estações, vagões e ônibus lotados em SP. No momento em que é considerado o incio do pico da epidemia no Brasil, Covas criminosamente coloca diversos trabalhadores em risco de contágio.

Os leitos ocupados na Capital já ultrapassam 80%, contudo, graças a subnotificação, não há informações precisas sobre o alcance da epidemia em SP, já que não há testes massivos, problema aumentado graças a burocracia inexplicável de Doria e Covas em disponibilizar para a população o 1,3 milhão de testes que já possuem.

Ontem e hoje mais uma vez pela manhã, ficou claro que a vida e a saúde dos trabalhadores pouco importa, jogados a aglomerações no transporte com alto risco de contágio, não bastasse os descaso que diariamente denunciamos neste jornal sobre patrões que não garantem condições sanitárias e nem equipamentos de proteção aos seus funcionários.

Os profissionais da saúde passam por este descaso diariamente, se colocando na linha de frente para salvar vidas, mesmo sem condições de trabalho, o que vitimou mais enfermeiras do que a soma entre Espanha e Itália juntas. Esta mesma situação ocorre com a grande maioria da classe trabalhadora, que não só deve exigir a proteção de sua saúde com máscaras, álcool em gel e todos equipamentos necessários de seus patrões que os obrigam a trabalhar, nem que seja sem expondo em transportes precários abarrotados. Uma resposta que garanta o mínimo como a proteção à vida e a saúde dos trabalhadores não virá de Doria ou Covas (que hoje estão um pouco menos "opositores" do que há algumas semanas) e suas falsas quarentenas que ignoram as periferias no estado.

Leia mais: Contra os ataques de Bolsonaro e seus capangas, lutar em defesa dos profissionais da saúde!

Uma resposta que não ignore (ou piore, como Covas fez) a situação só virá dos trabalhadores arrancando as medidas necessárias para protegerem suas vidas. Por isso, a importância de que o SUS seja gerido pelos profissionais da saúde e o sistema privado estatizado e incorporado ao público para evitar o colapso dos leitos e que seja a população pobre, trabalhadora e negra que pague com sua vida pela crise sanitária, da mesma maneira que o transportes público deve ser geridos pelos seus trabalhadores que decidam o necessário para diminuir a aglomerações e proteger os usuários.

Hoje, dia internacional das enfermeiras e enfermeiros, deve ser parte de potencializar os distintos focos de resistência dos trabalhadores da saúde no Brasil e no mundo, que estão na principal trincheira do combate à pandemia do coronavírus, impulsionando uma ampla campanha de apoio a esses trabalhadores, apontando para a necessidade de que assumam o comando do combate à pandemia, revertendo a falta de EPIs e outras necessidades mínimas que os governos e capitalistas já deixaram claro que não tem interesse em resolver.

Veja a posição do Esquerda Diário sobre o dia internacional das enfermeiras e enfermeiros: Façamos do dia 12 uma grande luta em apoio aos trabalhadores da saúde.

 
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