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EUA | DESEMPREGO
Desemprego bate recorde nos Estados Unidos para o mês de abril, chegando à 20 milhões
Redação

Índice de desemprego dos Estados Unidos bate-recorde para o mês de abril, podendo chegar, dependendo da forma de cálculo, a 16 %, maior patamar desde a Crise de 1929. Atualmente, Estados Unidos e Brasil são potencialmente os epicentros da pandemia do Corona Vírus.

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Os efeitos da pandemia do Corona vírus faz sentir todo seu peso na maior economia do planeta. A economia norte-americana que vinha demonstrando elementos de recuperação (não sem importantes contradições cujo os efeitos produziram a “guerra comercial” com a China) foi atingida em cheio. Analistas moderados chegam a falar de uma queda no PIB de 5% para o ano de 2020. Mas é nos dados em relação ao emprego que a situação é mais catastrófica, onde foram perdidos, somente no mês de abril, 20,5 milhões de empregos, uma alta de 10,3 p.p. em relação ao mês anterior, quando havia atingido o patamar de 4,4%. O número total de desempregados nos Estados Unidos pode estar em cerca de 20 milhões, 16%. Vale ressaltar que há dois meses atrás a taxa de desemprego atingia uma baixa histórica, com “confortáveis” 3,5%.

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Há ainda um outro fenômeno que se refere aqueles trabalhadores que tiveram suas jornadas reduzidas ou foram contratados com jornadas parciais por consequência da pandemia e da crise sanitária, num total de 10,9 milhões de trabalhadores. Os setores mais atingidos pelo desemprego são o de “Bares e restaurantes” com 5,5 milhões, a indústria com cerca de 3 milhões e, contraditoriamente, os serviços de saúde com 1,4 milhões de empregos, mostrando quão irracional e ineficiente é a gestão capitalista mesmo no maior país capitalista do mundo, que também enfrenta uma grave crise no seu sistema de saúde, que demite ao mesmo tempo que sofre com a falta de trabalhadores na saúde, falta de EPIs para os funcionários e, enfim, falta de atendimento para à população nessa pandemia e que já ostenta o número de mais de 77 mil mortes.

Enquanto isso, a única preocupação de Trump são os lucros dos capitalistas. Enquanto o presidente adiava reuniões regularmente com autoridades da área de saúde, ele convocava os chefes de empresasde private equity para discutir quais medidas devem ser adotadas para combater a crise do coronavírus. Steven Mnuchin, secretário do Tesouro de Trump, argumentou contra os protocolos de distanciamento social porque eles prejudicariam a economia e Trump ouviu. Agora, ele está se movendo em direção a uma reabertura potencialmente perigosa do país, o que será absolutamente devastador para a classe trabalhadora, que será forçada a voltar ao trabalho em condições inseguras. Trump e seus aliados querem que morramos por Wall Street. Isso ficou explicitamente claro quando Dan Patrick, o vice-governador do Texas e um apoiador de Trump, disse na Fox News que "existem coisas mais importantes do que viver" em resposta às críticas à reabertura do Texas. A mensagem aqui é clara: eles não se importam se morrermos, desde que o capital esteja protegido.

Mas a classe trabalhadora norte-americana também não está paralisada frente a situação. Em um mapa interativo publicado pelo site Payday Report, por exemplo, mostra que inúmeras categorias, milhares de trabalhadores em todo o país não vão esperar respostas para uma solução da crise “caia do alto”, das mãos dos patrões e capitalistas e começam a organizar, por si próprios ou partir de seus sindicatos e organizações de luta, diversas greves e outras inciativas de luta por licenças pagas e equipamento de proteção pessoal contra a negligência de patrões e governos, e com os trabalhadores da saúde na linha de frente.

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