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CORONAVÍRUS
Alerta: terceira onda de doentes será atingida devido a sobrecarga no sistema de saúde
Redação

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que conta com pouco menos de 50mil equipes em todo o país alerta para uma terceira onda, segundo artigo da Folha de São Paulo, de doentes que agravará ainda mais todo o sistema de saúde do país. São casos crônicos e consultas cirúrgicas que não estão sendo atendidos por conta da sobrecarga do sistema devido a pandemia de COVID-19. Prefeitos e governadores do país todo, demagogos, não providenciam testes massivos, EPIs para as equipes de saúde, mantém um nível absurdo de subnotificações e anunciam a retomanda do comércio e das atividades econômicas para maio, como se tudo estivesse sob controle e correndo bem. No entando o número de infectatos só aumenta a cada dia e já passam de 4 mil mortes.

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A falta de acompanhamento de pacientes crônicos, como hipertensos/cardíacos (40% da população) e diabéticos (20% da população) levará a um novo estresse do sistema, segundo a SBMFC. Essas duas doenças são as principais comorbidades ligadas às mortes por COVID-19.

No RJ, Rita Borret, presidente dessa da SBMFC, diz que os atendimentos normais foram “destruídos a zero”. Afirma ainda que os agentes comunitários não estão conseguindo mais acompanhar os casos crônicos nas comunidades. Segundo Rita há muita diferença entre deixar de acompanhar por 15 dias e deixar sem acompanhamento por 30 ou 60 dias.

Em MG os relatos são de esgotamento das equipes por falta de pessoal e de equipamentos de segurança, em Uberlândia por exemplo a médica Natália Madureira relata que muitas unidade de saúde estão sobrecarregadas pela priorização dos casos de COVID-19 interrompendo os demais atendimentos normais. Segundo Natália os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) da cidade também estão muito sobrecarregados.

Em Recife (Pernambuco) os relatos são semelhantes. Bruno pessoa que trabalha em uma unidade que atende em torno de 4000 pessoas relata que o sistema já era congestionado antes, agora com os atendimentos COVID-19 “muitos casos graves são mandados para casa”, além disso falta pessoal e estrutura.

Existem relatos semelhantes também do Distrito Federal, Goiás, Manaus, São Paulo, enfim, em em todo o país. Ao mesmo tempo governadores e prefeitos em todo o país anunciam a retomada das atividades comerciais e econômicas em maio. Sem testar massivamente a população, investir em novos leitos, mais trabalhadores da saúde, equipamentos de segurança e proteção individual ou respiradores e ventiladores pulmonares para atender a demanda que aumenta a cada dia. É um caos generalizado a gestão dessa pandemia nas mãos da burguesia e seus representantes políticos, pouco se importam com as milhares de mortes, seus lucros importam mais. Providenciam antes containers frigoríficos e covas para destinar os cadáveres. Ao mesmo tempo o governo Bolsonaro/militares destina mais de 1 trilhão de reais para salvar os bancos, mantendo em dia também o pagamento da fraudulenta dívida pública que suga metade do orçamento do país com seus credores bilionários.

Diante desse cenário caótico, que coloca os trabalhadores em geral e os da saúde em particular numa situação de vida ou morte, é preciso que os próprios trabalhadores tomem em suas mãos o controle dos hospitais, abrindo os leitos privados inclusive para o atendimento geral da população que não tem como pagar. É preciso que os trabalhadores de outros setores também se imponham em suas fábricas para girar a produção para produzir tudo o que é necessário nesse momento de combate pela saúde das pessoas. Nesse sentido se faz necessário pressionar os dirigentes sindicais e as centrais sindicais (lembrando que PT e PCdoB dirigem a maior parte dos sindicatos no país) para que coloquem todo o aparato sindical a serviço de organizar a classe trabalhadora. Se preciso for os trabalhadores terão que tomar seus sindicatos em suas próprias mãos, para que assim possamos organizar o combate ao novo coronavírus e mostrar todo o peso da classe que tudo produz, demonstrando que em nossas mãos é sim possível colocar nossas vidas à frente dos absurdos lucros dos capitalistas.

A crise política aberta com a saída de Sergio Moro do governo e a disputa nojenta de diferentes alas da direita contra a extrema direita em meio à pandemia, bem como o posicionamento dos grandes partidos de esquerda pelo impeachment, se apoiando em Mourão, ou na institucionalidade bonapartista do STF ou de Maia não deixa saída aos trabalhadores. Por isso nós do MRT, que impulsionamos o Esquerda Diário dizemos: Fora Bolsonaro, Mourão e os militares; nenhuma confiança nos governadores, no STF ou no congresso; por uma Constituinte Livre e Soberana para que o povo decida os rumos do país.

 
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