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TRIBUNA ABERTA
Reportagem relata invisibilidade e opressões sofridas por terceirizadas da USP
Marcelo Moreira de Jesus

Na última edição do Jornal do Campus (ANO 33, nº448 - Outubro de 2015), no caderno ‘Opinião’, podemos ler a ótima matéria produzida por Vinicius Andrade sobre a invisibilidade de funcionários terceirizados da USP. Todos os relatos de casos e de condições de trabalho são alarmantes, porém o destaque fica na perversidade do caso relatado no final da reportagem de mais uma "brincadeirinha" de futuros engenheiros formados na USP pela Escola Politécnica.

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O caráter elitista e racista da Universidade de São Paulo já é conhecido por muitos -só não enxerga quem não quer - e, frequentemente, essa realidade chega a níveis intoleráveis e desumanos. Na última edição do Jornal do Campus (ANO 33, nº448 - Outubro de 2015), no caderno ‘Opinião’, podemos ler a ótima matéria produzida por Vinicius Andrade sobre a invisibilidade de funcionários terceirizados da USP. Todos os relatos de casos e de condições de trabalho são alarmantes, porém o destaque fica na perversidade do caso relatado no final da reportagem de mais uma "brincadeirinha" de futuros engenheiros formados na USP pela Escola Politécnica.

Disse a funcionária: "A faxineira achou que os alunos tinham deixado uma surpresa para ela. Quando abriu a caixa, tinha MERDA dentro. Aqui é humilhação total." Relatou uma faxineira da POLI-USP.

Sim. Em 2015 e dentro de uma universidade ("a maior e mais importante do país") ainda temos que dividir espaços com estudantes sem humanidade e respeito nenhum por semelhantes que trabalham de maneira muito corajosa e digna.

Os demais relatos dos/as outros/as funcionários/as terceirizados/as não são menos graves ou menos importantes. Ler a reportagem completa vale muito a pena.

Já passou da hora de todos nós (Centros Acadêmicos, sindicatos, associações de docentes, alunos, coletivos políticos...) dar mais voz e mais força para quem realmente TRABALHA, SUSTENTA e MANTEM a Universidade. Chega de mordomias e “carteiradas” do tipo "Com licença, sou da USP". Não podemos mais ficar assistindo a exploração e humilhação desses/as trabalhadores/as enquanto pensamos nos nossos artigos científicos, congressos, benefícios e privilégios uspianos.

Para quem realmente se importa com a comunidade USP, a tarefa está imposta e pronta para ser executada: dar voz e força a quem mais sofre e tem que lutar pelos direitos de trabalhar humanamente em uma universidade minimamente HUMANA.

 
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