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AMÉRICA LAINA
América Latina: Trabalhadores informais passam fome com quarentenas sem estruturas
Weckson Vinicius

Como resultado das políticas neoliberais dos governos, mais da metade da população economicamente ativa do continente latino-americano é composta por trabalhadores informais, segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em países como Bolívia e Paraguai, esse número ultrapassa os 70%.

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Como resultado das políticas neoliberais dos governos e das reformas e cortes na economia que afetam exclusivamente a classe trabalhadora e o povo pobre, e agora com a crise sanitária do Coronavírus que aprofunda a crise social e econômica do continente, o risco de aumento da miséria e da fome aumentam exponencialmente.

A proposta de isolamento social de todos os governos, baseados em uma quarentena indiscriminada e sem a realização de testes massivos gratuitos não é uma solução para a esmagadora maioria da população. Sem acesso à condições estruturais mínimas, como água potável, banheiros e máscaras, o vírus encontra terreno biológico mais favorável para se desenvolver.

Essa quarentena indiscriminada é ainda mais criminosa tendo em vista que mais da metade dos trabalhadores se encontram na informalidade e não possuem nenhuma garantia trabalhista. As medidas anunciadas são pífias e escancaram que a preocupação principal dos governos é em salvar os capitalistas, os mesmos que geraram e criaram condições para a crise que vivemos.

No Brasil, enquanto editava a MP que permitia a suspensão do contrato trabalhista por 4 meses, Bolsonaro destinava bilhões e bilhões de reais aos bancos. Essa semana, o congresso anunciou uma emenda, cinicamente denominada de “PEC do Orçamento de Guerra”, unicamente para salvar os bancos e os capitalistas. Agora, o governo anuncia um auxílio, importante ainda que muito abaixo do necessário, que deixará 20 milhões de pessoas largadas à própria sorte.

Enquanto a fome já é uma realidade para os latino americanos, se formos depender desses políticos que representam única e exclusivamente a burguesia, essa situação apenas irá se aprofundar.

É na força da classe trabalhadora que devemos apostar. É papel de todos os sindicatos e organizações de esquerda organizar os trabalhadores para responder à altura a crise que estamos vivendo. Desde exigências ao governo que garanta medidas elementares como testes massivos e EPI’s para todos os trabalhadores que ainda estão em suas funções até a centralização de todo o sistema de saúde.

Para saber um pouco mais de como os trabalhadores poderiam dar uma resposta contundente à essa crise, confira o texto Apostamos na organização da classe trabalhadora para enfrentar a pandemia.

 
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