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A Secretaria Municipal de Educação propõe conteúdos online substituindo professores
Guilherme Hurba
Henrique Sanchez
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A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Educação disse que disponibilizará aos estudantes da Educação Infantil, Ensino fundamental e Médio, matriculados na Rede Municipal de Ensino, conteúdos pedagógicos para serem desenvolvidos no após o recesso escolar do coronavírus. A iniciativa pretende chegar a 1 milhão de bebês, crianças e jovense serão entregues por correio, o conteúdo foi discutido pelas DRE’s e a Coped mas não discutido entre os professores.

Os materiais compõem interações, brincadeiras para a idade inferior a 6 anos. Enquanto que para 1º ao 9º ano possuem exercícios de cada disciplina. Há também o conteúdo digital, uma plataforma online que professores e estudantes se encontram, como uma possível medida de auxílio na continuidade do processo de desenvolvimento escolar dos matriculados.

Entretanto, deve-se ressaltar que na área urbana de São Paulo, 79% das pessoas possuem rede de internet em seus domicílios. Com este dado, chega-se à conclusão de muitos estudantes, da rede de ensino, acabam se ausentando do processo de estudo online pela questão da ausência de conexão à internet e, acima de tudo, podem apresentar problemas de cunho econômico, como preocupação financeira no cotidiano de suas famílias.

Pensando na questão da renda, pode-se trazer um enfoque no descaso da prefeitura e do governo com os funcionários da rede pública, como os educadores, por exemplo. Enquanto professores estão perdendo seus salários, funcionários são demitidos e muitas pessoas encontram-se à mercê da miséria sem a liberação de qualquer auxílio do Governo Federal ou Estadual, o governador permanece em uma constante construção de um marketing impecável sobre o quão efetiva é a sua gestão de crise e suas emendas de políticas públicas.

A questão do COVID-19 não se torna humanitária, mas sim uma estratégia publicitária de elevar políticos a cargos superiores nas próximas eleições por meio de estratégias elaboradas de manipulação do povo nas mídias. Por mais que a intenção do desenvolvimento de materiais e auxilio dos estudantes seja benéfica na continuidade do processo educativo, este não pode continuar tendo sua funcionalidade com a perda de um corpo docente qualificado nas escolas públicas de São Paulo.

Essa política de substituição de professores por conteúdos online que vem trazendo demissões e jogam famílias que dependem dessa renda ao léu é inaceitável. É preciso que urgentemente que se garanta testes massivos do corona, renda mínima de R$2.000 (média salarial no Brasil) junto a isenção das contas de água, luz, gás e internet para que a população consiga sobreviver.

 
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