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CORONAVÍRUS
Coveiros de SP denunciam falta de proteção, com 30 enterros por dia de suspeitos de contágio
Redação

Os 800 funcionários do Serviço Funerário de São Paulo se organizaram para denunciar a absurda situação de estarem trabalhando sem EPIs e mesmo álcool gel, e prometem greve contra o descaso de Covas e Dória.

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Na capital paulista, é registrado por dia um aumento de cerca de 30 a 40 enterros por dia de suspeitos de contaminação por coronavírus, que sequer tiveram resultado de autópsias conclusivas. Desde o início da crise, São Paulo registrou 200 mortos enterrados sob suspeita ainda não confirmadas.

Esse cenário trás o alerta de que estão subnotificados os casos de mortos e contaminados em SP, em especial pela negligência de Dória e Covas de garantirem em primeiro lugar testes massivos, indicado até pela OMS, se limitando a promoter 2000 por dia, que até hoje não passou de um blefe.

Em reportagem à Folha de São Paulo, um motorista da frota de carros funerários fala de um volume de corpos crescentes a cada dia. “Só hoje de manhã eu fui buscar seis, sozinho”. Relata que passou a transportar corpos que saem direto do hospital, embalados em sacos pretos, direto para as covas, sem passar pela funerária, tratamento de conservação ou velórios.

Os funcionários funerários denunciam o descaso da prefeitura de Covas e do governo estadual de João Dória, que não tem garantido equipamentos de proteção adequado, e sequer álcool gel. A situação é denunciada no conjunto dos serviços públicos do estado. Nas funerárias, não há número suficiente de roupas de proteção e até a semana passada não havia álcool gel, e as máscaras que haviam estavam vencidas.

Frente a alta exposição ao vírus que estão submetidos ao manusear os corpos, os funerários declararam que farão greve se não forem garantidas mínimas condições para atuarem em meio a pandemia.

Além disso, exigem a contratação de 200 funcionários aprovados no concurso e exigem a liberação remunerada dos funcionários acima de 60 anos e que estão em grupos de risco.

Essa semana 104 funcionários do hospital privado Sírio Libanês foram afastados por contágios. Se imagina a gravidade dessa situação nos hospitais públicos, onde também as medidas de proteção é suficiente, assim como os leitos de UTI, respiradores, e a demanda por funcionários é crescente.

É absurda a situação de exposição desses funcionários. Uma situação agrava a falta de testes massivos rápidos, em especial para os servidores em situação de maior exposição, que leva a situação de atraso tão grande no diagnóstico e de que muitos mortos por insuficiência respiratória sequer tem a suspeita confirmada.

A demagogia do governador e do prefeito que, frente ao completo negacionismo de Bolsonaro e sua vontade de suspender o isolamento social, se dizem “responsáveis” no combate ao vírus, sequer estão garantindo que a população seja amplamente testada como recomenda a OMS, mas nem mesmo a segurança dos trabalhadores que estão na linha de frente da batalha contra o vírus.

 
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