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"Todos iremos morrer um dia": Bolsonaro menospreza vidas ameaçadas pelo Covid-19
Redação

No dia de hoje, Bolsonaro seguiu sua campanha da morte "O Brasil não pode parar" fazendo um passeio por Brasília e atraindo aglomerações. Embora as postagens feitas pela Secretaria de Comunicação do governo sobre a iniciativa tenham sido apagadas e a campanha negada, o Capitão Corona reafirma sua defesa dos lucros dos patrões. “É a vida. Tomos nós iremos morrer um dia.”

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No dia de hoje, Bolsonaro seguiu sua campanha da morte "O Brasil não pode parar" fazendo um passeio por Brasília e atraindo aglomerações. Embora as postagens feitas pela Secretaria de Comunicação do governo sobre a iniciativa tenham sido apagadas e a campanha negada, o Capitão Corona reafirma sua defesa dos lucros dos patrões.

“É a vida. Tomos nós iremos morrer um dia.”

Desta vez, Bolsonaro afirmou que faz parte da "vida" a chegada da morte de milhares de brasileiros caso os anseios de seus amigos latifundiários e empresários da indústria e agronegócio se realizem: a economia do Brasil voltar a andar, ou melhor a classe trabalhadora se infectando e morrendo para não prejudicar as riquezas dos capitalistas.

Também aproveitou a oportunidade do passeio para defender as medidas que Guedes vêm adotando, eu sua maioria, para salvar os grandes bancos e empresários. Com cerca de apenas 6% da verba dos pacotes, que chegam na ordem do trilhão injetados na economia, voltado aos trabalhadores.

Bolsonaro aproveitou seu passeio fúnebre para fazer um vídeo demagógico com um vendedor de churrasco, já que o presidente busca respaldo nos milhões de informais, dizendo que defende seus empregos. Uma mentira.

Por trás dessa tentativa de ganhar apoio deste setor precarizado, está a ameaça também de Bolsonaro de que o governo nada fará para estes trabalhadores seja numa crise sanitária e econômica. Na defesa da "normalidade" econômica, Bolsonaro mostra que deseja que os trabalhadores, informais ou com CLT, sejam aqueles que paguem pela crise através da máxima exploração de seu trabalho.

Bolsonaro também ameaçou roubar 4 meses de salários de trabalhadores em nome dos patrões. Recuou, mas afirmou hoje que esses 600 reais aprovados pela Câmara para estes setores vão "estourar o teto, que vai ser paga essa conta lá na frente." Ou seja, os trabalhadores informais, aqueles com que tenta se apoiar, vão ter em dobro sua carne flagelada para pagar pela crise atual.

Nada mais cínico e hipócrita do presidente que sempre fez questão de destruir todas as condições de trabalho e direitos trabalhistas em seu primeiro ano de governo. O mesmo que em campanha decretou "menos direitos e emprego, ou desempregado com direitos" não se preocupará, hoje, com as condições de vida daqueles que sofrem com o desejo insaciável do presidente em defender maiores taxas de lucro dos capitalistas.

Leia mais: É necessário interromper as cobranças de serviços essenciais como água, luz e aluguel

Do outro lado, os governadores também fazem sua própria demagogia para polarizar com Bolsonaro, dizendo que a preocupação deles é enquanto a vida das pessoas, mas defendendo unicamente a quarentena, sem avançar em medidas que conjuntamente com as restrições de circulação aumentariam a eficiência do combate ao vírus. A testagem massiva da população é a estratégia que se mostrou mais eficaz para conter a propagação da COVID-19, permitindo identificar e seguir o rastro de disseminação do vírus.

Tanto de um lado quanto do outro, o que se ressalta é que os políticos calculam como melhor se posicionar eleitoralmente frente a crise, sem levar medidas consequentes para fazer frente a emergência sanitária e econômica. Toda a produção deveria estar centralizada e direcionada a um plano de guerra para combater o vírus, com a adequação de fábricas para a produção de ventiladores mecânicos, insumos para os testes, e se concentrando unicamente nas demais atividades essenciais, serviços de saúde, de alimentação, distribuição de energia, água, internet. Somente através do controle operário da produção, com os trabalhadores decidindo o que produzir e como, para garantir métodos de prevenção a contaminação nos locais de trabalho, seria possível avançar nesse plano de guerra para derrotar o vírus.

Editorial: Emprego, renda e testes massivos já: por um verdadeiro plano de guerra na crise e contra Bolsonaro

 
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