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CORONAVÍRUS
Residentes de Porto Alegre denunciam péssimas condições de trabalho em hospital
Redação Rio Grande do Sul

A crise do coronavírus vem escancarando a precariedade das condições de trabalho de diversos setores da população, principalmente dos trabalhadores da saúde. Estes trabalhadores e trabalhadoras são aqueles que estão na linha de frente desse combate contra a pandemia, arriscando suas vidas para salvar a população, que conta com o descaso dos governos estaduais e nacional, que nenhuma medida concreta realizam para resolver o problema. Reproduzimos abaixo a carta do Coletivo Gaúcho de Residentes (CGRSaúde), que denuncia as condições que se encontram os trabalhadores do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas em Porto Alegre, RS.

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A Equipe de Residentes Multiprofissionais do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas do Programa Saúde da Criança, vem por meio desta carta expressar sua insatisfação e indignação frente a negligência das direções frente aos nossos apelos neste momento tão delicado.

Duas colegas de residência já estão de quarentena por apresentarem os sintomas estabelecidos com critérios de suspeita de COVID-19. Elas foram afastadas e ficarão isoladas por pelo menos 14 dias, período durante o qual estão desprotegidas por quaisquer leis trabalhistas. Assim, as colegas, para não receberem desconto de bolsa-salário, ficarão em débito de 84 horas, durante o período de quarentena, devendo realizar a compensação das referidas horas em 7 plantões de 12h ou 14 turnos de 6h. O profissional residente não tem direito de ficar doente ou mesmo de tomar as precauções mínimas que nossos tempos nos exigem.

Tudo isso, claro, sob o olhar das direções que, obedecendo as orientações do Ministério da Saúde e do governo atual, lavam suas mãos - nada fazendo a respeito disso.

Um segundo ponto que desejamos abordar diz respeito não só aos residentes mas a todos trabalhadores e trabalhadoras deste hospital - diz respeito ao risco sanitário a que estão todos expostos neste momento, com a constante falta dos Equipamentos de Proteção Individual e com restrição dos testes para detecção do COVID-19, não tendo sido realizado nos profissionais afastados. Tal situação representa um perigo para a população que atendemos neste hospital que é composta principalmente dos grupos de risco para o vírus: gestantes, hipertensos, diabéticos, cardiopatas e asmáticos; assim como neonatos internados em UTIs. É inadmissível que se permita esse tipo de risco à população que necessita dos serviços do hospital.

Segundo o protocolo mantido até ontem pelo Ministério da Saúde, serão apenas testados os casos internados em UTI, deixando de lado todos os potenciais vetores sem sintomas, assim como aqueles com sintomas, mas que não estão internados.

Não queremos o aplauso da população, queremos realizar nossa função pública e social com excelência e responsabilidade, neste momento. Pedimos o apoio de todos os atores da sociedade, para que junto de nós, exijam condições admissíveis de tratamento para população.

 
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