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BOLÍVIA
Coronavírus e militarização na Bolívia
Danica Chungara

O governo de Áñez coloca os militares e a polícia para patrulhar as ruas da Bolívia sob a desculpa de quarentena do coronavírus. Também ameaça realizar patrulhas cibernéticas contra aqueles que ’desinformam’ sobre a pandemia.

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Foto: La Razón

O autoproclamado governo de Jeanine Áñez, nesta crise sanitária que a Bolívia e o mundo estão passando, mais uma vez usa de seu autoritarismo e leva às ruas aqueles que facilitaram seu acesso ao governo. Novamente, mesmo para a crise da saúde, mantém-se o poder nas forças armadas, levando o exército para patrulhar as ruas sob o pretexto de "controlar" o cumprimento da quarentena. Nas ruas, essas forças repressivas são responsáveis por gritar que a circulação fora de horário significaria prisões. Em cidades como Oruro e Potosí, nos últimos dias foram detidas pessoas que estavam retornando para suas casas.

O crescente peso do exército e da polícia na vida política e social do país contribui para afirmar o regime do golpe e inclinar a situação ainda mais para a direita.
Além disso, são anunciadas patrulhas cibernéticas contra aqueles que estão "desinformando" sobre a pandemia:

"Ordenamos que a polícia, as forças armadas e nossos departamentos correspondentes do Ministério do Governo realizem patrulhas cibernéticas ... vamos verificar as redes sociais ..."

Tudo isso se deve ao fato de que o golpismo, como outros governos de extrema direita da região (como Chile, Equador, Brasil e outros), está instrumentalizando essa crise de saúde, agudizada pelas contradições do capitalismo, para aprofundar suas medidas repressivas contra o povo. O próprio Tuto Quiroga, candidato pela aliança Libre 21 e ex-vice-presidente do ex-ditador Hugo Banzer, pediu que um Estado de Exceção fosse declarado.

Essas medidas estão dizimando a renda das pessoas, principalmente das mais pobres, que em países como a Bolívia ocupam, em sua maioria, postos de trabalho informal e têm um rosto feminino. Além disso, essa situação é declarada após mobilizações contra o golpe e em rejeição ao governo nos dias 5 e 9 de Março e em todo o contexto eleitoral. Chamam de uma aparente "unidade" entre os candidatos às eleições, enquanto Áñez continua instrumentalizando a crise a seu favor através de uma campanha com recursos públicos, como foi denunciado nas redes sociais.

 
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