A Costa Rica juntou-se às manifestações do Dia Internacional da Mulher em um dia marcado pela exigência massiva ao direito ao aborto, bem como pela rejeição da violência contra mulheres e feminicídios, depois de anos de governo do PAC cuja política descarada tem sido que os direitos das mulheres não são uma prioridade ao promover o ajuste do FMI que ataca as mulheres trabalhadoras e condena milhares de mulheres ao aborto clandestino e à pobreza.
O dia mostra a enorme força do movimento de mulheres para levar a frente uma grande campanha pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito.
O dia da mobilização teve duas atividades principais. Uma marcha que ocupou entre três e quatro quarteirões da Avenida Segunda, com cerca de 6.000 pessoas e uma concentração na Plaza de la Democracia, em frente ao congresso do país, de cerca de 2000 pessoas. Ambas as atividades foram marcadas pela enorme exigência pelo aborto legal, seguro e gratuito, além de uma ampla rejeição à violência patriarcal.
Ato e concentração na Plaza de la Democracia
A marcha começou às dez da manhã e terminou na Plaza de la Democracia ao meio-dia, uma mobilização que também foi uma expressão dos processos de luta do movimento internacional de mulheres. A concentração convocada por diferentes organizações, incluindo o grupo Pão e Rosas Costa Rica, foi realizada na Plaza de la Democracia a partir das três da tarde e foi convocada independente do governo. Na manifestação, se realizou o primeira "panuelazo" verde na Costa Rica em favor do aborto legal, seguro e gratuito, seguindo o exemplo da maré verde internacional.
Marcha na Avenida Segunda
Na concentração, várias organizações de mulheres deram ênfase diferente, começando pelas demandas de mulheres da América Central, trabalhadoras, indígenas e trans. As mulheres artistas também estiveram presentes através de intervenções musicais e poesia, entre outras. Havia apelos constantes para destruir o patriarcado e o capitalismo e para a construção de novas formas de afetividade, típicas de um movimento de mulheres marcado por sua juventude e que tem a grande tarefa de transformar radicalmente a sociedade costarriquenha.
Rumo a uma grande campanha para o aborto legal, seguro e gratuito
A perspectiva do movimento de mulheres é muito grande, e o dia lança as bases para uma grande campanha nacional pela legalização do aborto seguro e gratuitos, dentro da qual se expressem todas as reivindicações do movimento de mulheres, contra os feminicídios, contra assédio, salário igual por trabalho igual, entre outros.
A referente do Pão e Rosas, Stephanie Macluf, disse que “A partir do Pão e Rosas Costa Rica, convocamos uma grande campanha pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito. O grande dia de hoje mostrou que existem forças para promover a campanha agora. Conclamamos todas as organizações de mulheres e ativistas a unirem forças na perspectiva de estender a maré verde à Costa Rica."
O Pão e Rosas vem impulsionado a necessidade de desenvolver uma ampla campanha para o aborto legal, seguro e gratuito.
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