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DESMATAMENTO
A política de desmatamento de Bolsonaro e a Resex Chico Mendes ameaçada
Redação

Na Resex (reserva extrativista) Chico Mendes, políticas de incentivo pecuário e retirada dos incentivos às práticas do seringueiros leva ao desmatamento de reserva protegida por lei. A Resex, controlada pela ICMBio, tem o intuito de refrear os desmatamentos dos grandes pecuaristas e proteger os trabalhadores seringueiros das relações de trabalho análogas à escravidão.

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Com as investidas de Bolsonaro, desde seu início de governo, contra o meio ambiente, as reservas indígenas e governando junto com os interesses da bancada ruralista, as queimadas na região amazônica são exponenciais. Cada vez mais avança-se sobre as reservas e as florestas e o reflexo disso é visto na Resex Chico Mendes, onde, cada vez mais, os seringueiros desmatam a reserva em busca de pasto para criação de gado, que se torna um negócio mais lucrativo e facilitado com as medidas anti-ambientais do governo. Já no primeiro ano de governo Bolsonaro, o desmatamento da reserva cresceu 203% em relação à 2018, perdendo 74,5 quilômetros quadrados de área florestal, a maior já registrada pelo sistema de monitoramento Prodes (Inpe) desde 2008.A reserva já perdeu 7,5% da sua área florestal.

Os ataques diretos a reserva são claros, uma vez que Bolsonaro já demonstrou a intenção de não dar incentivos ao extrativismo e ainda ataca diretamente, juntamente com o ministro Ricardo Salles (meio ambiente), em artigo, que compara seringueiros à “cobaias humanas”. No dia 6 de novembro de 2019, o ministro Salles ainda reuniu-se com deputados ruralistas, um ex-procurador geral do acre acusado de abrir uma estrada ilegal na reserva, uma fazendeira com um haras ilegal, seringueiros infratores, (inclusive com um autor de uma ameaça de morte à um funcionário da ICMBio) e grileiros, e suspendeu a fiscalização da reserva.

Agora, a Resex encontra-se ameaçada por um projeto de lei proposto pela deputada Mara Rocha (PSDB - AC), que retira uma parte da reserva que já foi tomada, ilegalmente, pelos pecuaristas.

De outro lado, também ataca o imperialismo norte-americano de Trump, governo que tem em bolsonaro um fiel vassalo e que tem claras intenções econômicas nas políticas anti-ambientais de Bolsonaro, como a ampliação de vendas dos setores agrários (em especial, agrotóxicos) e exploração das regiões amazônicas. o alinhamento de Bolsonaro a Trump por simples entreguismo faz com que se avance cada vez mais rápido com o desmatamento e a violência com as populações nativas e agentes de fiscalização.

Em meio à tudo isso, a reserva, os funcionários da fiscalização e os seringueiros que ainda pretendem resistir com a preservação da floresta e da extração do látex e das castanhas, protegidos dos grandes pecuaristas e latifundiários estão cada vez mais ameaçados, seja com a política de anti-ambiental de Bolsonaro, seja com ameaças criminosas de bandidos a serviço dos capitalistas rurais, que na verdade, são cada vez mais impulsionados pelo próprio governo a desmatar e assassinar, tal qual fizeram a Chico Mendes em 88, que não por acaso, nomeia a reserva.

 
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