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BOLSA DE VALORES
Pressionando mais ajustes, imperialismo já retirou R$ 44,8 bilhões da bolsa brasileira
Redação

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, até dia 4 de março, estrangeiros retiraram R$ 44,8 bilhões da Bolsa de Valores brasileira em 2020. O valor superou o montante retirado em todo o ano de 2019, de R$ 44,5 bilhões, sem contar ofertas de ações (IPOs e follow-ons).

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Para os analistas da Folha, este ano está sendo marcado pelo “temor” de investidores com o impacto econômico do coronavírus, desaceleração da economia global e demora no andamento das reformas administrativa e tributária, com isso os estrangeiros retiram dinheiro do Brasil e de demais emergentes.

Porém sabemos que esta é apenas uma desculpa, e que na realidade a reforma da previdência não foi suficiente para burguesia internacional para que ficassem satisfeitos com as condições atuais de exploração da força de trabalho aqui no Brasil e como diz na matéria da folha, em outros países emergentes.

A jogada, está em enfatizar ao máximo os riscos do coronavírus para as negociações internacionais, a volatilidade do dólar e todos esses riscos maiores justificando a necessidade de injeção do capital estrangeiro para dentro da economia nacional.

O risco-país do Brasil medido pelo CDS (Credit Default Swap) de cinco anos (um tipo de contrato que funciona como “termômetro da confiança” dos investidores em relação a economias) sobe 10%, a 142 pontos, maior patamar desde outubro de 2019, antes da reforma da Previdência ser aprovada no Senado. Se o CDS sobe, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país; se ele cai, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país pagar suas dívidas.

Essa jogada de chantagem e pressão está em retirar os investimentos da bolsa brasileira e fazerem com que o valor da nossa moeda se desvalorize em relação à moeda estrangeira (dólar). Esta chantagem do capital financeiro internacional está a serviço de pressionar no avanço das reformas, sugerindo falsamente que com o avanço das reformas pode-se voltar a investir mais capital dentro da economia.

A intenção é tentar arrancar melhores condições de exploração da nossa força de trabalho e mais precarização da nossa vida. Todos eles têm um consenso com esses setores da burguesia em aprovar essas reformas e garantir melhores condições de exploração.

A disputa está em ver quem vai ser o setor da burguesia proeminente em avançar na aplicação desses ajustes. A política do governo Bolsonaro se esforça em manter e aumentar os lucros da burguesia nacional aliada ao mercado internacional, ao mesmo tempo que se sujeita à especulação do capital financeiro. Paulo Guedes é parte estruturante do Estado, ao abater sobre a população o peso insustentável da crise através de políticas econômicas interessadas e da retirada sistemática de direitos.

 
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