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DITADURA MILITAR
Bia Abramides: vida e militância na ditadura
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O Esquerda Diário entrevistou neste dia 31, a Profa Maria Beatriz Abramides, presa e torturada psicologicamente pelos militares em 1968. Bia Abramides é atual diretora da APROPUC e professora do curso de Serviço Social da PUC/SP.

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ED: Neste aniversário do golpe militar gostaria que você contasse quais foram os efeitos políticos para os trabalhadores e a população. O que significou o golpe militar no Brasil?

Bia Abramides: Os efeitos políticos do golpe foram de verdadeiro terror: mortes, assassinatos, perseguições, delações, exílio, ideologia da segurança nacional, além de arrocho salarial. Os efeitos sobre os trabalhadores e a população foram desde o medo, a alienação, o constrangimento, a negação de direitos, em um verdadeiro processo obscurantista. O golpe militar no Brasil e na América Latina a serviço do grande capital, do imperialismo norte-americano e da ideologia da ordem militar significou um atraso em todas as esferas da vida social de restrição de direitos e negação da liberdade.

ED: Como se deu a sua militância durante este período?

Bia Abramides:
Minha militância se deu no movimento estudantil, tendo sido presa em Ibiúna durante o XXX Congresso da UNE. Fui enquadrada na Lei de Segurança Nacional e perseguida política e profissionalmente por ter sido presa. A militância me possibilitou desde a juventude a ter convicção na luta contra a ditadura, contra o imperialismo, na luta anticapitalista na perspectiva do socialismo, da revolução social. Compreender a importância da luta de classes contra a exploração, a opressão e a discriminação na perspectiva de uma sociedade emancipada. Nesta direção compreender o protagonismo histórico da classe operária na luta revolucionária. A convicção teórica, política e ideológica formada naquele período acompanham toda minha trajetória.

ED: Frente a herança deixada pelo golpe, quais são as tarefas que vê hoje dentro da esquerda para avançarmos?

Bia Abramides: Continuar na luta com autonomia e independência de classe frente ao governo e aos patrões. O capitalismo em sua crise estrutural amplia a desigualdade, a superexploração do trabalho, bem como destrói direitos sociais e trabalhistas historicamente conquistados. A esquerda deve na práxis política cotidiana construir a unidade na ação a partir das lutas, das greves, das ocupações de terra, das mobilizações e lutas operárias, sindicais na perspectiva classista.

 
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