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Carnaval paulista contará com escultura de Marielle Franco
Redação

A escola não parou apenas com uma singela homenagem à vereadora, com uma mordaça que denuncia a sua voz e reivindicação que seus assassinos ousaram achar que estariam cessadas com a morte brutal que Marielle viera a sofrer, mas a escultura também carrega três estátuas de corpos femininos abaixo dela, representando as “justiças”, sendo uma surda, outra muda e a última cega.

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A escola de samba Tom Maior, preparou para a sua apresentação no carnaval de São Paulo, um carro com uma escultura gigante de Marielle, com uma mordaça em suas mãos. Mas a escola não parou apenas com uma singela homenagem à vereadora, com uma mordaça que denuncia a sua voz e reivindicação que seus assassinos ousaram achar que estariam cessadas com a morte brutal que Marielle viera a sofrer, mas a escultura também carrega três estátuas de corpos femininos abaixo dela, representando as “justiças”, sendo uma surda, outra muda e a última cega.

Cabe aqui ressaltar a sensibilidade que a escola de samba teve ao escolher esse tema, em um ano que marca 2 anos da morte de Marielle, com isso, 2 anos sem justiça, sem uma investigação independente, como nós do Esquerda Diário sempre estivemos defendendo, para que a família da vereadora e seus demais companheiros e companheiras tivessem uma alternativa, frente uma investigação que começou no governo golpista de Temer.

Lembrando que esse brutal assassinato é uma ferida aberta do golpe institucional, e continuado pelo governo de extrema direita e ultra reacionário de Bolsonaro. Também não nos esquecemos que, embora já existam evidências de quais foram os executores do crime, não há informações sobre os mandantes, porém existem provas suficientes de que há intensa proximidade de Ronnie Lessa, o mesmo que possui casa no condomínio de Jair Bolsonaro, miliciano acusado de matar Marielle, com o grupo criminoso de Adriano da Nóbrega (o “herói”, “brilhante” policial glorificado por Flávio Bolsonaro e envolvido no esquema da rachadinha com Fabrício Queiroz), peça chave, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, para entender o que aconteceu na noite do assassinato, morto em operação na Bahia, muito provavelmente encomendada sua morte a fim de levar a uma queima de arquivos que alongam ainda mais a investigação para encontrar os verdadeiros mandantes do crime.

Mais um carnaval que se prova nada compatível com o reacionarismo da extrema direita, lembrando a mancha de sangue negro rolado pela escravidão europeia e seus resíduos deixados até hoje em cada situação enfrentada dia a dia pela população herdeira dos africanos que lutaram e resistiram de todas formas possíveis a exploração e opressão que lhe foram impostas! Reforçado com o empenho da Tom Maior pela busca de justiça, em busca de respostas aos negros e negras à todas Aghatas, Claudias, Moas, Marilles, Marcos Vinícius, que são rotineiramente assassinados pelo Estado brasileiro, seja por meio da polícia militar racista em torturas e operações violentas em todas comunidades pobres do país, seja por meio do Judiciário golpista e racista que encarcera a juventude negra, ou todo machismo do capitalismo que oferece a mulher negra os trabalhos mais precarizados, a luta mais árdua dentro de casa, na política e na sobrevivência diária ao racismo encrustado nas estruturas da ordem burguesa.

 
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