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FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
Em Davos, Guedes culpa pobres pela destruição ambiental: "Destroem porque estão com fome"
Redação
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Discursando para a plateia de "donos do mundo" do Fórum Mundial - banqueiros, empresários, e líderes políticos de diferentes países - o ultraneoliberal Paulo Guedes responsabilizou os pobres pelos problemas ambientais: "Destroem porque estão com fome", justificou o brasileiro. Guedes apontou que o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza.

Em outro momento do mesmo evento, ele disse que o mundo precisa de mais comida e salientou que é preciso usar defensivos para que seja possível produzir mais. "Isso é uma decisão política, que não é simples, é complexa", afirmou.

A fala de Guedes demonstra bastante bem a demagogia do "capitalismo verde", que tem sido um importante eixo da cúpula de Davos. Os grandes capitalistas, eles sim os principais responsáveis pela poluição e devastação ambiental, buscam de forma demagógica propor soluções sustentáveis para os problemas ambientais. Entretanto, suas alternativas passam longe de questionar o centro do problema a lógica de produção. É a produção predatória capitalista destinada exclusivamente ao lucro a principal força motriz da devastação ambiental.

Como vemos na fala de Guedes existe antes de mais nada um problema ideológico. Ao invés de responsabilizar o agronegócio e seus métodos de produção - plantantions, queimadas, desmatamento, agrotóxicos, etc- Guedes prefere desviar a discussão para os consumidores. Levando até o final seu raciocínio, se mais pessoas fossem mantidas na pobreza, não haveria problemas ambientais.

Quando se pronuncia nesse palco para essa audiência, Guedes o faz em nome do agronegócio brasileiro. Por isso que tem de defender com unhas e dentes sua lógica de produção, relativizando por exemplo os agrotóxicos - que o governo Bolsonaro foi o recordista na liberação numa proporção nunca vista até então. A farsa das soluções desse encontro partem desde suas premissas, Guedes fala em nome do agronegócio, para um público de banqueiros e empresários com vastas quantidades de capitais empenhados em derivativos agrícolas, além de políticos comprometidos com suas bases eleitorais de agricultores.

Os objetivos entreguistas de Guedes em Davos

Não foi apenas em nome dos interesses do agronegócio que Guedes foi representar o Brasil em Davos. O grande objetivo do ultraneoliberal é vender o discurso de recuperação econômica do país a partir das nefastas reformas que já foram feitas se comprometendo a atacar ainda mais, através da reforma administrativa e reforma tributária que pretendem aprovar neste ano.

Com isso, o objetivo de Guedes é atrair o dinheiro do imperialismo para a série de privatizações que o governo Bolsonaro quer levar adiante, terminando de subordinar ainda mais a economia nacional. Eletrobrás, Correios, além de portos, aeroportos e rodovias, são alguns dos alvos já anunciados pelo governo, que resultarão em milhares de demissões.

Leia mais: Paulo Guedes se prepara para expor em Davos a agenda de ataques aos trabalhadores brasileiros

 
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