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MG: EDUCAÇÃO
Zema não pagou o décimo terceiro de 46% dos educadores mineiros
Tassia Arcenio
Professora e assistente social

O governador de Minas Gerais, empresário Romeu Zema (NOVO) ainda não pagou o décimo terceiro para 46% dos educadores do Estado, continuando seu projeto de precarização da educação e desvalorização do servidor público.

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As educadoras e educadores mineiros continuam tendo a crise do Estado descarregada nas suas costas. Enquanto empresas e bancos seguem lucrando com a ajuda do governo estadual, os profissionais da educação continuam com salários parcelados e 46% sem receber o décimo terceiro.

Romeu Zema que recentemente foi avaliado como o segundo governador do país que menos cumpriu suas promessas eleitorais, passou o primeiro ano do seu mandato atacando a educação, em consonância com o governo federal de Bolsonaro.

Além de manter o parcelamento de salários do funcionalismo público, que já vinha do governo anterior de Fernando Pimentel (PT), o governador do partido NOVO garantiu o pagamento do décimo terceiro apenas para os funcionários da segurança pública, deixando trabalhadores da saúde e da educação em segundo plano.

A atitude de Zema mostra seu projeto político de destruição da educação pública, já que segundo os dados divulgados pela própria Secretaria de Estado da Fazenda é possível verificar que apenas na área da educação, o dinheiro arrecadado pelo governo acumulou em mais de três bilhões de reais.

Ainda assim, o governador escolheu não pagar integralmente o décimo terceiro para todos os trabalhadores do funcionalismo público, e condicionou o pagamento à aprovação da permissão da venda dos créditos de nióbio. Mesmo conseguindo a aprovação, o pagamento não foi realizado.

Zema, assim como Bolsonaro, utilizou seu primeiro ano do mandato para atacar a educação em diversos níveis, desde o fechamento de turmas e escolas, da implementação das disciplinas de Sociologia e Filosofia como intermitentes, da realização de matrículas online, municipalização do ensino fundamental, confirmação de três escolas cívico-militares para 2020 no Estado, obrigatoriedade do mal elaborado Diário Eletrônico Digital (DED) até a precarização na carreira dos trabalhadores da educação, o não pagamento do piso e o absurdo ofício SEE/SOIE 03/2020 (que foi obrigado a voltar atrás) que previa o trabalho das assistentes técnicas de educação básica aos sábados durante as férias escolares dos estudantes e professores.

Para este ano, além de continuar atacando a educação, o governador já anunciou aos quatro cantos o seu plano: impor um regime de recuperação fiscal no Estado, implementar a reforma da previdência, a reforma administrativa e privatizar Cemig, Copasa, Gasmig e vender participações nas empresas Taesa (transmissão), Renova (eólica) e nas hidrelétricas Santo Antônio e Belo Monte.

Para isso, Romeu Zema sabe que é preciso desmobilizar professores e a juventude universitária e secundarista que foram linha de frente nos atos estaduais e nas mobilizações nacionais neste último ano para resistir à ofensiva contra os direitos sociais.

É necessário desde já, que a vigília marcada pelo Sindute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) para o próximo dia 16 de janeiro, assim como a assembleia de educadores convocada para o dia 19 de fevereiro, signifique um marco na mobilização de professores, rompendo a passividade com que o Sindute e as centrais sindicais atuaram em 2019 em relação ao governo Zema, e preparando um plano de lutas desde a base, unificando as pautas com outras categorias e com a juventude, para que a indignação dos educadores possam se transformar em luta e construção de uma educação pública de qualidade, laica, diversa, crítica e com valorização profissional.

 
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