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AUMENTO DA TARIFA EM SP
Prefeitura indica aumento da abusiva tarifa de ônibus para R$ 4,40 em São Paulo
Redação

A Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo apresentou estudos, na manhã desta quinta-feira, 19, que propõem aumento da tarifa básica dos ônibus municipais de R$ 4,30 para R$ 4,40.

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A alegação da Secretaria da gestão Covas é de que o reajuste seria baseado na previsão de aumento dos custos do transporte público da cidade. O que sabemos, no entanto, é que a prefeitura desembolsa subsídios bilionários, que [para 2020 devem chegar a R$ 2,25 bilhões→https://diariodotransporte.com.br/2019/09/30/orcamento-2020-prefeitura-de-sao-paulo-propoe-subsidios-a-onibus-de-r-225-bilhoes-e-em-dezembro-bruno-covas-define-reajuste-em-tarifa/], garantindo lucros milionários aos empresários enquanto nós amargamos transportes lotados, caros e de baixa qualidade.

A proposta da Secretaria foi levada ao Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT), órgão que foi criado após as imensas manifestações de junho de 2013 desencadeadas pelo reajuste das tarifas, e cuja finalidade é “enganar”. Isso porque esse conselho, formado por empresários, prefeitura e usuários eleitos, não tem sequer poder deliberativo, sendo meramente “consultivo”. Assim, segundo a secretaria, esses estudos serão levados ao prefeito Bruno Covas (PSDB), que é quem efetivamente irá decidir se acata o reajuste ou não, independente do que pensem os usuários ou trabalhadores do transporte. O reajuste dos salários desses trabalhadores evidentemente não é vinculado à tarifa, e eles continuam amargando a exploração tremenda imposta pelos empresários.

Também estão em análises o eventual aumento da tarifa integrada entre os ônibus e o metrô, que atualmente é de R$ 7,48. O aumento proposto é de 2,33%. O último reajuste da tarifa foi em janeiro, quando subiu de R$ 4 para R$ 4,30.

O orçamento da cidade para 2020, que deve ser votado pela Câmara Municipal ainda nesta quinta-feira, prevê uma redução de R$ 3 bilhões para pouco mais de R$ 2 bilhões no subsídio dado pelo poder público à frota de ônibus da cidade. A redução viria principalmente, segundo a Prefeitura, da revisão dos contratos do poder público com as empresas de ônibus, um processo que deveria ter ocorrido em 2013 mas se arrastou por seis anos, por causa de paralisações impostas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) e pela Justiça. Essa redução, no entanto, continua garantindo lucros exorbitantes para os que lucram com aquilo que deveria ser um direito elementar para todos.

Só com um transporte 100% estatal e público, sob controle dos trabalhadores e dos usuários, poderemos de fato ter ele voltado para nossas necessidades, e não para os lucros e interesses privados de um punhado de empresários.

 
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