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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Bolsonaro sanciona reforma previdenciária dos militares que ganham ainda mais privilégios
Redação

Bolsonaro sanciona reforma da Previdência dos militares. Ao contrário do mentiroso discurso de "combate aos privilégios", os militares, diferentemente dos trabalhadores, terão reestruturação de carreira e aumento de seus salários.

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Bolsonaro sancionou a reforma da Previdência dos militares nesta terça-feira (17), aprovada junto com o conjunto de ataques contra os trabalhadores, que fará os brasileiros trabalharem até morrer. Entretanto, a reforma dos militares segue com os benefícios anteriores, aplicando novos privilégios à casta militar, reestruturando as carreiras das Forças Armadas, concedendo aumento salarial à categoria e oferecendo regras mais suaves do que as aplicadas aos civis.

A reforma dos militares aumenta tempo de serviço nas Forças Armadas de 30 para 35 anos e a alíquota de contribuição gradualmente de 7,5% para 10,5%. Também haverá cobrança de pensionistas, que hoje não contribuem. A alíquota chegará a 13,5% para alguns casos de filhas pensionistas vitalícias não inválidas.

Veja também: Reforma da previdência dos militares pode aumentar seus salários em até 75%

Entretanto, estes pequenos ajustes serão feitos em contra-partida com uma série de novos privilégios que não serão compartilhados pelos trabalhadores. Ao contrário da reforma da Previdência de toda população, os militares não terão idade mínima para se aposentar, com uma regra de transição menos rigorosa, contando com um pedágio de 17% sobre o tempo que falta para o militar passar à reserva. Enquanto para os trabalhadores, o pedágio será de 50%.

Outro ponto que não existe para os civis, mostrando o compromisso de Bolsonaro com sua base e a mentira descarada sobre o "combate aos privilégios", a reforma também garantirá a reestruturação das carreiras militares.

Veja também: Governo Bolsonaro planeja diminuir aposentadoria de pessoas que receberam auxílio-doença

A reestruturação deverá custar R$ 86,85 bilhões, assim, o argumento pelo "corte de gastos" com a reforma evidência que a conta da crise será jogada nas costas dos trabalhadores, enquanto militares, juízes e parlamentares seguem com seus altos salários e privilégios.

A crise capitalista vem cobrando seu preço e governos de diversos países vem avançando para jogar sua conta nas costas dos trabalhadores. Na França, por exemplo, Macron tenta impor uma dura reforma previdenciária aos trabalhadores, que se colocaram nas ruas com greves massivas de diversos setores em rechaço à tamanho ataque.

Veja também: França: avança e se radicaliza greve após anúncio da Reforma da Previdência

O dinheiro que o governo Bolsonaro afirma que será "poupado" é na prática uma forma de atacar direitos e serviços públicos em prol do pagamento da dívida pública. A dívida pública, ilegítima, ilegal e fraudulenta, é um dos mais importantes mecanismos de saque dos recursos de um país pelo capital financeiro.

Devemos nos inspirar nos Franceses e também nos processos de luta que tomam a América Latina, em resposta aos governos e à burguesia ajustadora, para enfrentar os ataques que avançam para aumentar a exploração dos trabalhadores, projetando um futuro miserável à juventude, para que os capitalistas fujam da crise que eles mesmos criaram.

 
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