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CRIME
Resultado da privatização da BR: demissões em massa e importação recorde de diesel
Redação

A Petrobras Distribuidora, BR, foi privatizada recente. Resultado: 600 demissões só nessa terça-feira, milhares de outras acontecendo a cada semana, redução de salários e um recorde de importação de diesel enquanto as refinarias do país estão com estoque ocioso.

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Bolsonaro se elegeu batendo continência à bandeira americana. O resultado se faz sentir com muita força na BR Distribuidora privatizada recentemente. Informações do sindicato do Rio de Janeiro informa 600 demissões só na última terça-feira (10/12), petroleiros contabilizam um número muito maior, de cerca de 1700 demissões incluindo aqueles que aderiram ao PDO - "plano de demissão optativo", mas conhecido como "optatório" entre os petroleiros. Esses números seguem aumentando e se trata de realização da promessa feita pelo presidente da empresa, que dizia querer ao menos 30% dos empregados no olho da rua.

Em meio a continuidade de um nível recorde de desemprego no país, Bolsonaro, Paulo Guedes e seus funcionários políticos nas estatais estão fazendo uma terra arrasada dos direitos dos trabalhadores e colocando o sustento de famílias em risco. Na BR Distribuidora, além do plano de demitir 30% dos mais de 5 mil funcionários o plano inclui a promessa que alguns dos demitidos que assinarem o PDO podem ser recontratados na nova empresa, mas desde que aceitem que terão salários 40 a 50% menores, e assinem carta abrindo mão de qualquer ação judicial contra a BR, segundo a denúncia do sindicato replicada pela CUT.

A BR, Petrobras Distribuidora, empresa responsável pela comercialização de derivados, fabricação de lubrificantes, asfalto e outros produtos foi privatizada recentemente. A BR era a segunda maior estatal do país em faturamento, movimentando quase R$100 bilhões ao ano, um volume gigantesco entregue de bandeja aos capitalistas nacionais e estrangeiros. O resultado já é visível: demissões em massa, corte de salários e direitos, e ainda um imenso déficit comercial para o país.

A empresa foi privatizada no varejo na Bolsa de Valores depois de autorização do STF que permitiu que a Petrobras sob mando de Guedes e Bolsonaro pudesse se desfazer de qualquer ativo, qualquer subsidiária sem precisar de autorização legislativa ou mesmo de licitação. A forma de privatização foi a venda direta de ações na Bovespa. Essa transação, ocorrida em julho arrecadou R$ 9,6 bilhões, nem um décimo do que a empresa fatura por ano, evidenciando, mais uma falcatrua da operação privatista e entreguista.

O resultado da privatização se faz sentir também nas refinarias da Petrobras ociosas e no recorde em importação de derivados. Desde a decisão de Temer de fazer os preços dos combustíveis variarem conforme a cotação internacional o país, exportador de petróleo cru, passou a ser importador de gasolina e diesel e ter uma boa parte de sua capacidade de refino parada. A conta os trabalhadores sentem no bolso, todo mês a gasolina e o gás de cozinha aumentam. A crescente importação de derivados aumentou ainda mais com a privatização da BR Distribuidora. Recentemente a empresa fez a maior operação de importação na história do país, descarregando de uma só vez um mega-navio de 103 milhões de litros de diesel em Itaqui, no Maranahão. A privatizada comemora o fato em seu site.

Para dar continuidade ao projeto entreguista do golpe institucional Bolsonaro entrega os empregos de milhares de petroleiros e faz o país pagar duplamente a conta: combustíveis mais caros e déficit comercial em derivados de petróleo.

Essa situação, se não for enfrentada pelos trabalhadores será agravada com a privatização da GASPETRO, que concentra os ativos de distribuição de gás de cozinha e com as refinarias que foram postas à venda.

A grave situação sofrida na BR Distribuidora deve servir de lição aos petroleiros e trabalhadores de todas outras estatais sobre as lutas isoladas ou de pressão a parlamentares como a Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) e outras entidades sindicais tem feito. Desse modo não é possível barrar os ataques que unificam diferentes alas do golpismo, não somente os bolsonaristas, mas também aqueles "críticos" como a Folha, alas do STF, Rodrigo Maia, Globo, todos eles atuam juntos para que as entregar as riquezas nacionais ao imperialismo e seus sócios menores no país. É preciso se inspirar nos exemplos da luta de classes na França, no Chile, e tirar lições para impor aos sindicatos um verdadeiro plano de lutas para impedir novas privatizações e impor a reversão das já realizadas.

 
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