Após elogiar a polícia de São Paulo depois do massacre em Paraisópolis e dizer que os PMs envolvidos seriam "preservados", Doria vem buscando se relocalizar no caso como foram suas últimas declarações alegando estar chocado com o caso e que iria pedir para a PM revisasse seus protocolos. O choque de Doria não se sustenta frente a suas próprias declarações anteriores, como no ano passado em que dizia que a polícia atiraria para matar em sua gestão.
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O massacre ocorrido em Paraisópolis é apenas a concretização dessa política sanguinária patrocinada por ele. Os dados de letalidade já apontavam o aumento do número de mortes cometidas pela PM.
O afastamento de mais 32 policiais, 6 já haviam sido afastados, atende a um pedido mínimo dos familiares das vítimas, que relataram receio de que os Pms prejudicassem as investigações e até mesmo se envolvessem em casos similares. Os agentes deverão passar a atuar exclusivamente em atividades administrativas até a conclusão das investigações.
Entretanto, nada garante que as investigações conduzidas pelo próprio Estado, seguirão de maneira independente sem interferências e tentativas de abafar o escândalo que as imagens gravadas de policiais cercando e espancando os jovens já causaram.
O assassinato desses jovens não pode passar impune. Exigimos a apuração do caso e que as investigações sejam acompanhadas e fiscalizadas rigorosamente por representantes dos direitos humanos, movimentos sociais e organismos da classe trabalhadora para que os policiais envolvidos não sejam acobertados.
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