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Reacionário ’Mamãe Falei’ gera conflito na ALESP e sessão da Previdência estadual é suspensa
Redação

Na última quarta-feira, 4, a sessão da ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo) que votaria a absurda Reforma da Previdência estadual foi suspensa após o deputado reacionário Arthur do Val chamar servidores de vagabundos aos gritos e gerar conflito.

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Não é novidade que uma das prioridades de Dória é aprovar a Reforma da Previdência no Estado de São Paulo, se utilizando de manobras parlamentares e ignorando os processos para a aprovação de qualquer PEC. O governador que no ano passado quis ser exemplo nacional e votou a reforma da previdência em nível municipal as vésperas do Natal, mais uma vez usou dessa manobra para passar esse enorme ataque aos trabalhadores do Estado de São de Paulo. A sessão, no entanto, foi suspendida devido ao caos que causou o deputado Arthur do Val, mais conhecido pelo seu canal no Youtube "Mamãe falei".

O deputado reacionário falou absurdos no microfone, o que causou deputados da bancada do PT (Partido dos Trabalhadores), do PSOL e outros parlamentares subirem à tribuna. Athur do Val já havia sido advertido pelo presidente da Casa, deputado Cauê Macris (PSDB), por chamar os servidores do plenário de "bando de vagabundo" e ’"chamar para a briga" alguns dos presentes. Com ameaças de socos, a sessão foi suspensa.

"Nós vamos acabar com privilégios. E quer saber mais? Nós vamos privatizar tudo. Vai acabar com essa vagabundagem de sindicalista mandar e desmandar no Estado", afirmou Arthur. Aos gritos, falava que servidores iriam "parar de mamar nas tetas do governo" e chamava os líderes sindicais que fossem "machão" para brigar. Evidentemente toda sua postura foi para defender uma reforma nefasta que vem para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre.

Após a sessão ser suspensa, deputados voltaram a discursar sobre a PEC e sobre o conflito. O texto da PEC poderá ser votado em primeiro turno também nesta quinta, em uma nova sessão.

A reforma estadual de João Dória vai representar um ataque em certos aspectos mais profundo do que a já aprovada no Congresso Nacional. Vai significar que muitos trabalhadores não cheguem com vida até a idade mínima, que passa a ser de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. Além disso, deve aumentar o desconto de 11% para 14% no salário dos servidores, rebaixar a alíquota de 100% para 60%, significando um valor rebaixado para aposentadoria para compensar a diminuição de tempo de contribuição de 30 para 25 anos e rebaixar a porcentagem de pensão por morte de 100% para 50%, ficando abaixo da recomendação mínima de 75% da OAB.

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Todo o ódio propagado pelo reacionarismo de Arthur do Val é a serviço desse projeto, contra os trabalhadores e o povo pobre. Ele odeia os servidores, os professores, as mulheres trabalhadoras porque sabe que são essas pessoas que podem lutar para garantir seus direitos e fazer com que sejam os capitalistas a pagarem pela crise.

No Rio Grande do Sul e no Paraná, professores e servidores estão se mobilizando contra os ataques do governo. Essa disposição de luta junto com a inspiração das heroicas lutas que explodem ao redor da América Latina e agora na França devem ser exemplo para que em São Paulo também haja mobilização para derrotar mais esse ataque. Os professores estaduais estão paralisando toda terça-feira contra os ataques do governo, mas isso não é suficiente, a CUT e a CTB precisam sair da paralisia e organizar toda a classe trabalhadora contra os ataques do governo a nível federal e estadual e se unificar aos professores que tanto lutaram esse ano e que podem ser uma enorme força motora que unifique todos os trabalhadores para derrotar Dória, Bolsonaro e todos os ajustes.

 
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