Na tentativa de se colar com Bolsonaro durante o período eleitoral de 2018, João Doria dava declarações afirmando que a partir do dia primeiro de janeiro a policia iria atirar para matar. Nestas declarações, que podem ser lidas na Folha, como as que deu para a rádio Bandeirantes, Doria já mostrava que sua intenção já era retirar qualquer mecanismo mínimo de controle das ações de uma das policias mais violentas e assassinas do mundo, a Policia Militar do estado de SP.
O resultado dessas declarações e de sua política repressiva aplicado na realidade podemos ver hoje nos depoimentos das famílias dos 9 jovens assassinados em Paraisópolis no baile da 17, nos vídeos que mostram a ação dos policiais e inclusive no cinismo das declarações da PM dizendo que foram os jovens foram pisoteados. Sob o comando de Doria, a PM este ano assassinou um total de 414 pessoas. Essa repressão tem como alvos preferenciais a juventude negra e periférica, como a morte de Lucas, jovem de 14 anos assassinado em Santo André.
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Mais uma vez, o Estado racista e seu braço armado tem suas mãos sujas de sangue e João Doria tem total responsabilidade no caso. O assassinato desses jovens não pode passar impune. Exigimos a apuração do caso e que as investigações sejam acompanhadas e fiscalizadas rigorosamente por representantes dos direitos humanos, movimentos sociais e organismos da classe trabalhadora para que os policiais envolvidos não sejam acobertados.
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