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EDUCAÇÃO
Professores de SP paralisarão suas atividades contra Reforma da Previdência e ataques à carreira
Redação
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As e os professores e trabalhadores da educação da rede estadual de São Paulo anunciaram a paralisação de todas as atividades na próxima terça-feira (3), dia em que o projeto de lei da reforma da previdência do estado deve entrar na pauta de votações da Assembleia Legislativa do estado.

Eles também anunciaram em assembleia ocorrida hoje (27) que voltarão a paralisar caso siga a tramitação do projeto. Os docentes rechaçam a proposta de nova carreira do magistério, anunciada recentemente pelo governo Doria, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2019, que estabelece a reforma da previdência estadual.

O sindicato (APEOESP), em comunicado, disse que: “Dória quer que trabalhemos mais, paguemos mais e que ganhamos menos de aposentadoria”. Isso porque, caso aprovada a reforma, aumentará a idade mínima de aposentadoria dos servidores e aumenta a taxa de contribuição de forma a receberem menos de aposentadoria caso consigam se aposentar.

Maíra Machado, diretora de oposição da Apeoesp, entrevistada pelo Esquerda Diário após a assembleia, disse que os professores são contrários aos ataques que o governador João Dória quer fazer a todo funcionalismo público, implementando a Reforma da Previdência federal no estado de São Paulo. Maíra também prestou sua solidariedade aos professores em greve no Rio Grande do Sul, greve que acontece desde o dia 18 de novembro, com paralisação total em mais de 1500 escolas.

"Bebel e a APEOESP querem limitar nossa batalha ao que é possível de se adquirir na Assembleia Legislativa. Não podemos esquecer que tudo o que tornou possível as conquistas até hoje da categoria de professores foram as organizações de base que não podem ser esvaziadas. As reuniões de representantes, os comitês de base, as plenárias, os conselhos, ou seja, a mobilização real dos professores. Usando o exemplo do SAMPAPREV, apesar da forte greve dos professores municipais, o sindicato decidiu por priorizar as mobilizações na Câmara Municipal e desta maneira, a mobilização foi derrotada por não se ter impulsionado os organismos de base da categoria. Por isso, é preciso tirarmos esta lição para não repetir o erro e derrotarmos a reforma da previdência de Dória." - disse Maíra.

Maíra também apontou a necessidade de se chamar a unificação com todos os setores do funcionalismo público estadual, para assim dar o corpo para a mobilização real no final deste ano, com apoio da batalha parlamentar.

Os professores do sul se enfrentam hoje com ataques muito parecidos com os que sofrem professores nos demais estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e são exemplo de como lutar contra os governos de direita e contra o ajuste fiscal dos governadores em seus estados. Nos inspirando nos professores do Sul, a APEOESP deveria chamar uma plenária com todas as categorias para aprovar medidas emergenciais de mobilização neste final de ano em que Dória pretende mais este ataque.

Frente à isto, a oposição não pode manter-se adaptada à estratégia puramente parlamentar da Bebel, atuando no final das contas como linha auxiliar para uma atuação que já mostrou que é um entrave à mobilização. Assim, da mesma maneira, outra parte da oposição enfia os pés pelas mãos ao não apontar medidas de construção de uma greve que de fato conte com a participação da base, ou seja, da mobilização real dos professores e de organismos de base que sejam de fato a direção desta mobilização, que como apontamos acima, são a nossa aposta de possibilidade de vitória.

A CUT e a CNTE devem romper sua trégua a Bolsonaro e ao ultra liberal Paulo Guedes, e chamar um plano de lutas nacional para fortalecer a greve exemplar dos professores do Rio Grande de Sul e para impedir a aprovação da reforma nos estados, incluindo os estados do nordeste em que os governadores do PT e do PCdoB foram favoráveis à Reforma da Previdência.

 
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