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RACISMO
Negros são 65,2% dos desempregados: a crise capitalista carregada pelos negros no Brasil
Redação
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A taxa de desemprego entre os brasileiros que se declaram brancos (9,2%) permaneceu significativamente abaixo no terceiro trimestre da taxa de desocupação dos autodeclarados pretos (14,9%) e pardos (13,6%).

A taxa de desemprego média global no período foi de 11,8%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 19.

No terceiro trimestre de 2019, a população desempregada totalizou 12,515 milhões de pessoas. A participação dos pardos foi de 52,5%; a dos brancos, 34,0%; e a dos pretos, 12,7%.

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Mais uma mostra da estrutura racista de nossa sociedade que não apenas reserva aos negros e negras os piores postos de trabalho, como também vê nessa população um importante exército de mão de obra reserva para baixar o valor do conjunto da força de trabalho. Um enorme contingente de pessoas dispostas a aceitar os mais precários postos de empregos, como são os negros a maioria nos trabalhos terceirizados, nos empregos temporários, e nos serviços por aplicativos.

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As estatísticas comprovam que a burguesia busca descontar a crise nas costas dos trabalhadores e em especial sob os trabalhadores negros e negras. São as negras e negros os que estão pagando mais caro pelas medidas neoliberais de privatização, precarização do trabalho e da vida, em meio a toda a classe trabalhadora e juventude atacados conjuntamente. Se antes dos ataques as mulheres negras já recebiam 60% a menos que os homens brancos, com reforma atrás de reforma a tendência é de aprofundamento desse apartheid social e trabalhista.

É preciso uma política de auto-organização da classe trabalhadora e dos estudantes, que faça uma aberta luta política com as burocracias sindicais e estudantis que rompam sua passividade o golpismo e a extrema-direita, levando adiante a construção de um frente única de trabalhadores e setores em luta para impor, através dos métodos da luta de classes, demandas verdadeiramente democráticas. É preciso batalhar pela revogação das reformas dos golpistas, como a reforma trabalhista e a da previdência, pelo não pagamento da fraudulenta dívida pública e pelo fim do desemprego através da redução e divisão da jornada de trabalho entre os contratados e os hoje desempregados, sem redução salarial.

 
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