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WITZEL DISTORCE NÚMEROS DA VIOLÊNCIA
Após morte de criança e gari, Witzel afirma que Rio é seguro como Paris ou Nova Iorque
Redação

Após a sexta criança morta por bala perdida neste ano, e a morte de um gari pelo mesmo motivo em apenas dois dias, Witzel disse que Rio é tão seguro quanto Paris, com onze vezes menos mortes.

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Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, morreu atingida por uma bala perdida enquanto ia para a escola em Realengo, zona oeste do Rio, na terça-feira, 12. Foi a sexta criança morta desta forma apenas esse ano no Rio. No dia seguinte, 13, o gari Francisco Paulo da Silva, de 61 anos, também foi morto em Vicente de Carvalho, na zona norte, durante um assalto.

E um dia depois, nessa quinta-feira, 14, Wilson Witzel deu uma declaração pública afirmando de forma absolutamente enganosa que o Rio de Janeiro é uma cidade tão segura quanto Paris ou Nova Iorque. "Se nós olharmos para o resto do mundo, nós estamos no mesmo patamar de Nova York, de Paris e de Madri”, disse ele. Contudo, no ano passado, de acordo com levantamento feito pelo G1, o estado do Rio de Janeiro registrou 28,76 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, enquanto Nova Iorque registrou no mesmo período 3,31 homicídios a cada 100 mil habitantes. Já em Paris esse número foi de 1,4 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Witzel também deixou expresso no discurso quais vidas valem alguma coisa para ele, tentando relativizar a violência galopante ao dizer que os turistas não sofrem tanto com ela: "Nas áreas turísticas do estado não acontecem tiroteios, eles acontecem nas comunidades. Acontecem [nas áreas turísticas] furtos, não tiroteios. Tivemos dois turistas que sofrem violência nos últimos dez meses". Já nas favelas, como todos vimos, o governador acompanha pessoalmente em helicópteros a polícia que atira do céu contra as casas da população trabalhadora e negra.

Ele ainda aproveitou a ocasião para criticar o governo de Bolsonaro, dizendo que a responsabilidade pela violência é do governo federal que não combate de forma dura o tráfico de armas e drogas.

A meta de Witzel parece ser a de criar uma Paris para a classe dominante, enquanto mantém o pesadelo dos caveirões e assassinatos de crianças nos morros e favelas cariocas e fluminenses.

 
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