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Procurador-geral da República defende férias de 2 meses para manter privilégios do judiciário
Redação

Augusto Aras, procurador-geral da República, quer manter 60 dias de férias para promotores e procuradores do Ministério Público, sob alegação de que eles se submetem a uma "carga de trabalho desumana".

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Segundo informações do portal UOL, ironicamente, a argumentação de Aras para defender esse privilégio dos judiciário é que a carga do Ministério Público pode se tornar "desumana", que promotores e procuradores têm que atender advogados "em qualquer dia e hora, inclusive levando trabalho pra casa, a fim de cumprir metas e prazos aos sábados, domingos e feriados".

Aras disse também que a redução para 30 dias ao nível das férias de um servidor público "seria ignorar as importantes atribuições que lhe foram conferidas pela Constituição", além de afirmar que promotores e procuradores são "agentes políticos que, tanto quanto parlamentares e chefes do Executivo, não podem estar submetidos a jornadas de trabalho pré-estabelecidas".

Uma vez mais, os procuradores esfregam seus vastos privilégios na cara da população. Recentemente outro procurador reclamou do "miserê" do salário de R$ 24 mil reais, uma afronta às condições de vida do restante da população, que o próprio judiciário busca rebaixar colaborando na imposição dos ataques econômicos.

Veja mais: O procurador de Minas Gerais e seu salário “miserê” de 24 mil reais

Em comparação com o Legislativo e o Executivo ainda disse que: "Caso o parlamento pretenda levar adiante a redução das férias, é provável que tenhamos que discutir, também, a necessidade de se estabelecer jornada de trabalho e férias de 30 dias para os membros dos Poderes Legislativo e Executivo - o que seria o caos na vida nacional".

De fato, nessas afirmações de Aras, é reconhecido que o Judiciário cumpre um papel político tanto quanto o Legislativo e o Executivo, que não é "imparcial", que é "agente político". Reafirma os privilégios dos poderes, frente ao descarrego da crise nas costas dos trabalhadores com as reformas do governo Bolsonaro, herdeiro da política do golpe institucional de 2016, e ainda menospreza o trabalho de um servidor público.

Na realidade, contra os privilégios dos juízes, é necessário que todos sejam eleitos pela população para seus cargos e tenham a revogabilidade também garantida. Para combater os altos salários e benefícios que nenhum outro trabalhador tem, todo juiz deveria ganhar o mesmo salário de uma professora.

 
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