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AMEAÇA
Com medo que onda de protestos do Chile chegue ao Brasil, Eduardo Bolsonaro ameaça volta da ditadura militar
Redação

Nessa terça (29), em discurso na tribuna da Câmara, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ameaçou instaurar uma ditadura contra a população brasileira caso venha ocorrer no Brasil o que está acontecendo no Chile.

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Nos últimos dias, a juventude e os trabalhadores chilenos vêm chamando a atenção do mundo em sua luta contra o modelo econômico e institucional herdado da ditadura de Pinochet, e que para muitos se constituía como um verdadeiro “oásis” neoliberal na América do Sul. Estão resistindo contra um programa econômico que é o mesmo da agenda de ataques de Paulo Guedes e Bolsonaro: previdência privada; privatização de áreas básicas como saúde e educação, etc.

No entanto, para Eduardo Bolsonaro, se a juventude e os trabalhadores brasileiros se levantarem de forma parecida como a que vimos no Equador e no Chile ele defenderá o recurso autoritário do fechamento do regime.

Apesar do Estadão aliviar na sua reportagem falando que Eduardo apenas indicou que a “repressão policial” seria usada, o mesmo jornal passou o pano para sua ameaça mais grave: a de que se o movimento se radicalizasse, “a gente vai ver a história se repetir”, numa referência absurda (e característica do bolsonarismo) ao que foi o golpe militar que abriu o caminho para a ditadura.

“Não vamos deixar, não vamos deixar isso aí vir pra cá. Se vier para cá, vai ter de se ver com a polícia. E se eles começarem a radicalizar do lado de lá, a gente vai ver a história se repetir. Aí é que eu quero ver como é que a banda vai tocar”, disse Eduardo na Câmara.

O 03 expressa de forma extremada uma preocupação que a burguesia está sentindo nesse momento com o retorno da luta de classes na arena internacional e questionando o modelo econômico de ajustes, privatizações e desvalorização da força de trabalho que continua a ser implementada em todo o mundo, especialmente pelo governo Bolsonaro. E no caso do retorno da luta de classes ao Brasil, Eduardo já expressa, assim como seu pai, que em caso de mobilização social farão pior do que Piñera e Lenín Moreno, mandatários que para conter a força das ruas instauraram o toque de recolher, convocando os militares para consolidar a hegemonia de seus ataques sobre a população trabalhadora desses países.

E é nessa linha que pensam o clã Bolsonaro e grande setor da burguesia brasileira: salvar seus lucros e interesses em cima de uma brutal repressão contra o próprio povo, nem que seja passando reformas pró-patronais sob as baionetas de um toque de recolher, ou no caso de Eduardo, com uma ditadura militar.

 
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