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VIOLÊNCIA CONTRA ALUNOS
Colégio militar obriga “revista íntima” e policiais revistam alunos nus em Goiás
Redação

A revista ocorreu no dia 18, com os alunos do Colégio Militar João Augusto Perillo após uma suposta denuncia de tráfico de drogas. Uma das alunas do colégio denunciou que ela e colegas foram obrigados a ficarem nus nos banheiros e passarem pelas revistas íntimas.

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O diretor do Colégio Militar João Augusto Perillo e mais dois policiais foram afastados pelo comando geral da PM de Goiás após realizarem revista íntima em alunos “suspeitos” de tráfico de drogas. Em nota na qual informa sobre os afastamentos o Governo de Goiás informa que foi determinada a “imediata instauração de procedimento administrativo, objetivando apurar os fatos relatados pelos alunos submetidos à busca pessoal”.

“Tinha uma policial no banheiro feminino e um policial no masculino. A gente tinha que tirar a roupa, abaixar cinco vezes. Eu mesmo sou uma das alunas que não quer ir para a escola pela vergonha que eu passei. Me senti invadida”, disse a estudante que denunciou o caso.

A mãe da aluna disse que nenhum pai e nem o Conselho Tutelar foram chamados para acompanhar a revista. “Eu não tenho nada a reclamar do ensino, mas essa conduta eu achei muito violenta com as crianças”, contou.

O governo Bolsonaro tem como projeto a militarização de mais de 200 escolas enquanto precariza a educação no país (http://www.esquerdadiario.com.br/Bolsonaro-ira-militarizar-mais-de-200-escolas-por-R-1-mi-cada-enquanto-corta-da-educacao), o caso de extrema violência em Goiás é um exemplo do que propõe a visão obscura deste governo que acredita que os problemas na educação podem ser resolvidos com o policiamento e militarização das escolas, uma suposta “disciplina” que na prática significa repressão física e ideológica dos alunos.

A situação da Educação no país não se resolverá a partir da perseguição de alunos e estudantes, ou do aumento das forças repressivas no espaço escolar. Ao contrário disso, é necessário batalhar por uma educação que seja capaz de garantir o direito ao livre pensamento, ao debate amplo e necessário com os estudantes e com a realidade que vivem. É preciso investir nas escolas, nos professores e estudantes, garantindo condições viáveis para combater a evasão escola e avançar para um ensino público de qualidade.

 
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