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A JUVENTUDE E A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
"A juventude chilena mostra o caminho: nos levantemos contra a reforma e os ataques" diz Odete
Redação

A reforma da previdência foi aprovada e os ataques de Bolsonaro não prometem trégua. Façamos como a juventude chilena: nas ruas, ao lado dos trabalhadores, pela revogação desta reforma e contra este projeto nefasto de governo! Não vamos trabalhar até morrer!

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A reforma da previdência foi aprovada hoje com 60 votos favoráveis. São 60 votos de parlamentares que manterão seus privilégios e seus salários imensos como nenhum trabalhador poderá imaginar. Juízes, eleitos por ninguém, também seguem com seus privilégios, com salários que ultrapassam, somando com benefícios, mais de R$39 mil reais.

Para a juventude que ainda não ingressou no mercado de trabalho ou que ingressou recenemente o destino que Bolsonaro e o Congresso nos traçam é uma vida inteira de trabalho precário com salários de fome, morrendo trabalhando ou trabalhando até morrer.

A juventude é hoje a parte majoritária dos desempregados no Brasil: cerca de 30% entre os mais jovens. Apenas no primeiro trimestre de 2019, o desemprego fechou com uma alta de 2,1% entre jovens de 18 a 24 anos em relação ao trimestre anterior. Esta mesma juventude que sofre para conseguir um emprego, é a juventude mais endividada do país, compondo a maior parte dos inadimplentes brasileiros.

Entre a juventude negra, o cenário é ainda pior, pois são jogados para empregos precários, respaldados pela reforma trabalhista aprovada em 2017, que garante contratos mais precários, condições de exploração ainda maiores e, por consequência, o lucro da burguesia. As empresas de aplicativos de entregas, como a Rappi, uma das maiores start ups da América Latina, ou a própria Uber, crescem e avançam à medida em que as condições de trabalho se precarizam e atingem, majoritariamente jovens negros.

Em paralelo, o governo Bolsonaro segue destruindo a educação, para implementar seu "país modelo": o grande celeiro do mundo, subserviente à cobiça imperialista. Destruindo universidades e a pesquisa no Brasil, Bolsonaro aprofunda a reprimarização da econômia, e como uma outra face desta moeda, ataca a juventude que se mostra como linha de frente contra seu projeto de governo.

Nos dias 15 e 30 de maio, a juventude mostrou que há disposição o suficiente, inclusive para incendiar a classe trabalhadora, e combater no campo da luta de classes o projeto de governo em curso. Assim como também se mostrou ligada à destruição do meio ambiente, tendo como estopim as escandalosas e criminosas queimadas na Amazônia.

Ato 15M no Rio de Janeiro

Toda essa energia é gasta em vão sob as direções burocráticas do Movimento Estudantil, que há décadas permanece sob às redas do PT e do PCdoB, as mesmas que traem sistematicamente a luta dos trabalhadores, ao dirigir a CUT e a CTB. Com uma política divisionista e sob uma estratégia de atos dispersos, a UNE separou o ataque da reforma da previdência dos ataques contra a Educação, enfraquecendo a potencialidade explosiva da aliança operário-estudantil.

Nossos vizinhos chilenos, em contra-partida, escancaram o silêncio ensurdecedor e a estratégia que nos leva à derrota levada a cabo pelas burocracias estudantis e sindicais. A rebelião no Chile, com a juventude como parte fundamental do setor que se ergue em rechaço à Piñera e os ataques ao transporte público, aponta que a força da juventude e dos trabalhadores é explosiva e é no terreno da luta de classes que devemos travar estas batalhas. Neste sentido, É necessário construir um movimento estudantil combativo e revolucionário lutando para retomar os centros acadêmicos (CAs) e diretórios centrais dos estudantes (DCEs) para a mão dos estudantes.

Saiba mais: Construir um movimento estudantil combativo e revolucionário: por entidades militantes contra Bolsonaro e os ataques

Nos inspiremos nos chilenos para enfrentar esta reforma nefasta, bem como todos os ataques anunciados por este governo, que fará com que a perspectiva de trabalho e aposentadoria da juventude torne-se nada mais que um "mero sonho". Esta luta não pode se descolar da defesa da educação, contra o projeto "Future-se" do governo Bolsonaro, que quer por abaixo a educação pública e a autonomia universitária. Toda a força da juventude deve ser colocada na rua, para fazer com que sejam os capitalsitas que paguem por essa crise, não somente no Brasil, mas em todo mundo.

Veja também: Esquerda Diário convoca: Ato em apoio à luta no Chile contra Piñera e a herança de Pinochet, quarta-feira

 
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