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VAZAMENTOS DE PETROLÉO
Corais da baía de Todos os Santos (BA) são poluídos por petróleo e ganância capitalista
Redação

As enormes manchas de petróleo que cotidianamente seguem aparecendo em praias do litoral do Nordeste a mais de 1 mês chegaram ontem, dia 17, à Baía de Todos os Santos, na Bahia, a maior baía do país.

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O Ibama também confirmou a contaminação nas praias de Jaburu, Tairu e Cacha Pregos (em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica), todas regiões onde há predominância de lindos corais, lugares estes muito dependentes da pesca e mariscagem. No total, a tragédia capitalista atinge mais de 160 praias atingidas do Maranhão até a Bahia.

Praias contaminadas, banhadas por óleo, contaminação e morte de peixes, golfinhos, uma ainda incomensurável consequência para o meio ambiente e também para toda a economia da região, que tem vínculo com o turismo, os mares e rios. Isso não é simplesmente um acidente.

Trata-se de uma enorme crise ambiental proveniente da ganância capitalista que atinge a região, cuja responsável segue incapaz apesar do governo seguir afirmando ser da Venezuela o vazamento do petróleo (sem comprovação deste fato, por ora), ignorando o laudo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que confirma vínculo de parte da poluição com barris da Shell. Alguns barris possuem identificações que remetem à Shell, encontrados nas praias do Sergipe. O chefe do Estado Maior do Comando de Operações Navais, almirante Alexandre Rabello de Faria, informou que as investigações não avançaram no que diz respeito ao que causou o derramamento do produto no mar, o que mostra a irresponsabilidade completa do governo com o meio ambiente no país.

A Marinha vinha monitorando a região desde o final de semana para tentar evitar que a substância atingisse zonas com ecossistema mais sensível, uma vez que a baía é repleta de manguezais e também berçário de diversas espécies marinhas. Em vão. Ontem, 17, restos espessos e viscosos de petróleo chegaram à região do Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos da capital baiana, e às praias de Ondina, no limite da entrada da Baía de Todos os Santos. Chegam a 11 regiões do litoral da Bahia atingidas, e até a manhã desta quinta havia sido retirados 26 toneladas de óleo das praias de Salvador.

Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Estado da Bahia entraram, na última terça-feira (15/10), com uma ação pública contra a a União e o Ibama pelos riscos ambientais relacionados vazamento de óleo no litoral nordestino.

Assim como as tragédias em Brumadinho e Mariana, esse vazamento é produto direto da sede de lucro dos capitalistas, em nome da expansão da mineração ou, neste caso, da entrega dos nossos recursos ao imperialismo, protagonizado pelo governo Bolsonaro. É exatamente isso o que está em jogo com a venda histórica do pré-sal, que está para ser efetivada nas próximas semanas, na chamada “cessão onerosa”, como pode ser visto aqui->http://www.esquerdadiario.com.br/Praias-cheias-de-oleo-mas-governadores-do-Nordeste-negociam-sua-parte-da-venda-do-Pre-Sal].

Frente ao descaso do governo, é necessária uma investigação independente feita por petroleiros, pesquisadores e ambientalistas que queiram buscar a verdade dos fatos, pois há todo tipo de interesse por trás das investigações em curso, lentidão e resultados contraditórios.

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