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Reacionária Damares denuncia reportagem sobre aborto por "apologia ao crime"
Redação

A reacionária ministra Damares, que sempre está contra o direito das mulheres, denunciou a reportagem de uma revista feminina que tinha como tema o aborto, por segundo ela fazer "apologia ao crime". A declaração da ministra expõe o obscurantismo de sua posição, que em favor de uma posição reacionária sua em relação ao aborto quer negar qualquer acesso ao debate sobre o aborto seguro.

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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, classificou uma reportagem sobre aborto como "apologia ao crime" e disse ter dado encaminhamento a uma denúncia para acompanhar o caso. Pelo Twitter, a ministra disse ter sido alertada sobre o assunto e frisou que o conteúdo do material pode colocar meninas e mulheres em risco.

A reportagem acusada de colocar mulheres em risco pela ministra tem como título "Como fazer um aborto seguro?". A reportagem foi publicada pela revista AzMina e descreve um aborto legal realizado por uma brasileira na Colômbia, onde o procedimento é legalizado. O material mostra ainda informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas sobre o tema, esclarecendo que, no Brasil, o aborto é considerado crime e só há três exceções permitidas por lei: para as vítimas de estupro, quando há risco de vida para a mulher e pela anencefalia do feto.

A publicação traz também informações sobre como o procedimento é feito onde ele é legalizado e os efeitos esperados dos remédios usados para induzir o aborto. A reportagem faz esclarecimentos ao longo do texto que os medicamentos e procedimentos citados não podem ser usados por qualquer mulher nem de qualquer forma.

Ao contrário da acusação da ministra, quem coloca em risco as mulheres é a própria Damares ao buscar censurar a reportagem e negar minimamente que mulheres tenham acesso à informações sobre o aborto seguro. A declaração da ministra expõe o obscurantismo de sua posição, que em favor de uma posição reacionária sua em relação ao aborto quer negar qualquer acesso a um debate sobre o aborto seguro. É justamente esse obscurantismo que coloca em risco a vida das mulheres, ao fazer com que milhares morram em clínicas de aborto clandestino, ou ainda outros métodos mais arriscados, principalmente mulheres pobres que não tem dinheiro para arcar com o procedimento.

O dia 28 de setembro é dia de luta pela descriminalização do aborto na América Latina. No contexto de um governo Bolsonaro que não só continua negando o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, mas que quer impor ainda mais retrocessos e ataques às mulheres, torna-se ainda mais urgente que elas, uma vez mais, estejam na linha de frente da resistência e da defesa de seus direitos. Não só vemos crescer os dados em relação à violência contra as mulheres, como elas são também os principais alvos dos ataques econômicos do governo, como a reforma da previdência. Neste 28S, contra o reacionarismo desse governo, as mulheres mais uma vez precisam tomar as ruas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

 
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