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PORTO ALEGRE
Marchezan demite, fecha postos de saúde e ainda critica ferozmente servidores do IMESF
Redação Rio Grande do Sul
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Em referência à forte mobilização dos funcionários da saúde de Porto Alegre, o prefeito Marchezan (PSDB) afirmou que funcionários estão tratando os “usuários do SUS como gado”. Não bastasse demitir 1,8 mil funcionários do Imesf (Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família), fechar inúmeros postos de saúde na periferia de Porto Alegre, o prefeito ainda tem a pachorra de desrespeitar aqueles que estão se mobilizando em defesa de seu emprego. Nessa segunda-feira (23), centenas de trabalhadores saíram às ruas para protestar contra o fechamento do Imesf, bem como lotaram as galerias da câmara municipal da capital gaúcha.

O ato dos servidores mostrou que há disposição de luta por parte dos servidores, bem como apoio da população a essa causa. Durante o dia ocorreu uma reunião na Cosmam (Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Município) a fim de buscar saídas para a situação. O prefeito seguiu com sua intransigência em negociar com os servidores e ainda os atacou violentamente em declaração criminosa: “São interesses eleitorais, partidários e ideológicos. Tanto é que temos deputados federais lá (participando da mobilização) em ano pré-eleitoral. Não vamos tratar a saúde como uma ferramenta eleitoral. Não vamos tratar os usuários do SUS como gado, como estão sendo tratados pelos servidores do Imesf. É esse um dos motivos (da mudança no modelo de atendimento), tirar das mãos desses sindicatos partidarizados a saúde dos porto-alegrenses”, disse Marchezan nessa segunda-feira.

A demagogia do prefeito serve tão somente para satisfazer os interesses das empresas que lucrariam com os serviços de saúde, encarecendo o que deveria ser universal e público para todos, colaborando com o desmantelamento do SUS na cidade e afetando a vida de milhares de portoalegrenses. Marchezan ainda joga contra as entidades sindicais e os trabalhadores para isso.

O conflito se iniciou após decisão do STF em fechar o Imesf após anos de ação tramitando na justiça. Anos atrás, entidades sindicais denunciaram a decisão de criação do Instituto sem a abertura de concurso. Agora, frente às irregularidades, e com a colaboração da prefeitura, fecharam o Instituto, levando à demissão de centenas de trabalhadores, precarizando ainda mais a saúde na capital.

É preciso cercar de solidariedade a luta dos servidores da saúde contra a política de precarização e privatização do prefeito Marchezan, bem como confiar na força dos próprios trabalhadores, não depositando ilusões nem na prefeitura nem na justiça que historicamente trabalha para o lado de lá dos direitos dos trabalhadores e da população. É preciso defender o emprego de cada servidor, a sua efetivação sem a necessidade de concurso público, junto da estatização da empresa a ser controlada pelos próprios trabalhadores e usuários.

 
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