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TRABALHO PRECARIO
Empregos pós-reforma trabalhista pagam até 2 salários mínimos e expõe avanço da precarização
Redação

A maioria dos novos empregos paga apenas até dois salários mínimos, e é apenas nessa faixa que as contratações superam o número de demissões. Os patrões, evidentemente, estão substituindo os velhos contratos com mais direitos por contratos pós reforma trabalhista.

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em relatório de análise, aponta o que já era de se esperar: a queda do aumento de desemprego vem acompanhada de uma grande precarização, da qual a juventude é especialmente vítima. Nas duas primeiras faixas salariais o saldo é positivo, ao contrário de em todas as demais faixas. Ou seja: os novos empregos gerados pagam no máximo dois salários mínimos, enquanto os cargos que pagam mais do que isso enfrentam sucessivas demissões e quase nenhuma contratação.

Mas essa geração de novas vagas não se compara a um período pré-crise, onde esse índice era maior e a quantidade de contratos precários era menor. Portanto, não se trata nem mesmo de “novas vagas”, mas sim de substituição das vagas existentes: de contratos pré-reforma trabalhista, com salários “altos demais” e com “direitos demais” aos olhos dos capitalistas, para contratos adaptados aos ataques em curso. Os empresários fazem a festa, demitindo indiscriminadamente segundo seus interesses e se livrando de obrigações mínimas, enquanto os trabalhadores pagam pela crise, tendo o “direito de negociar com os patrões” entre o desemprego, o subemprego, o trabalho informal ou os contratos hiperprecários.

Isso prova que a política econômica do governo Bolsonaro para amenizar a crise está longe de ser qualquer solução. Em breve a reforma da previdência - o ataque preferido pelo presidente, centrão, STF, mercado financeiro e imperialistas - será votada no Senado, um grande golpe para a classe trabalhadora brasileira, que somado aos efeitos da reforma trabalhista, aprovada pelo golpista Michel Temer, representará uma degradação das condições de vida a níveis chineses.

A juventude - que é a esmagadora maioria dos trabalhadores de aplicativos como Rappi, Ifood e Uber, que não têm nenhum direito, não batem ponto, têm jornadas intermináveis e recebem muito pouco - é a mira número um desses ataques. Mas também é a vanguarda da batalha contra o governo Bolsonaro, no campo da educação. É preciso unificar as bandeiras em luta, assim como os lutadores, para não seguir pagando pela crise.

 
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