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ORIENTE MÉDIO
Acusações da Arábia Saudita e novas sanções de Trump contra o Irã aumentam a tensão regional
Redação

Os sauditas redobram suas acusações contra o Irã no dia em que o secretário de Estado de Trump visita Riad.

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A Arábia Saudita insistiu esta quarta-feira que os ataques do sábado passado contra duas plantas petrolíferas da companhia estatal Aramco foram efetuados com 18 drones e 7 misiles iranianos. A acusação coincide com a chegada ao país do secretário de Estado estadunidense, Mike Pompeo.

O porta-voz do Ministério da Defesa saudita, Turki al Malki, também porta-voz da coalizão militar liderada pelo reino que intervêm no território iemenita, ofereceu novos detalhes que segundo ele seriam uma mostra de que o ataque foi "inquestionavelmente respaldado pelo Irã".

Porém, Al Malki evitou contestar as consultas diretas dos jornalistas sobre se os projéteis foram lançados do Iran. "Estamos trabalhando para conhecer exatamente o ponto de lançamento dos drones e mísseis ", afirmou o porta-voz.

A nova acusação foi acompanhada pela visita do secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, a Arábia Saudita com o objetivo de coordenar uma resposta aos ataques que o mesmo e o presidente estadunidense, atribuíram a Teerã.

Pompeo assegurou a vários jornalistas que o golpe múltiplo contra as instalações de Aramco foi um "ataque iraniano" e "não vindo dos Houthis", e que inclusive se estes foram os responsáveis, "isso não muda os vestígios dos aiatolás terem colocado em risco o suprimento global de energia". A afirmação deixa claro que o objetivo é aumentar a tensão contra Teerã, além da inexistência de provas.

As acusações de Pompeo foram acompanhadas de novas sanções contra o Irã. O presidente Trump anunciou que ordenou um "incremento substancial" das sanções econômicas contra Teerã. Mas apesar de incrementar a pressão, Trump disse em várias ocasiões que prefere não ir à guerra contra os iranianos, um conflito que quer evitar a todo custo.

As tensões voltaram a crescer depois que do sábado passado, uns 10 aviões não tripulados levaram a cabo ataques aéreos no coração da indústria petroleira saudita: a área de Abqaiq, o maior centro de processamento de petróleo do mundo, e também o campo petroleiro de Khurais.

A origem do ataque continua sem estar clara, embora a milícia rebelde xiita dos Houthis, que controlam o norte do Iêmen, na fronteira com a Arábia Saudita, reivindicaram serem os autores do mesmo. Os Huthies tem uma relação com o Iran, e desde o começo da guerra civil do Iêmen em 2015 estiveram lutando contra os bombardeios em seu território orquestrados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita. O Iêmen é um dos territórios, como Síria, Iraque e outros países, donde Irã e Arábia Saudita competem pela preponderância no Oriente Médio.

Desde Teerã, o ministro iraniano de Assuntos Exteriores, Mohamad Yavad Zarif, respondeu que os Estados Unidos admitiu que está atacando "deliberadamente" aos cidadãos do Irã com sua nova decisão de intensificar as sanções. Zarif sublinhou que o "terrorismo econômico", como se refere às sanções estadunidenses, é "ilegal e inumano".

Os ataques provocaram a redução de 50 % na produção de petróleo da Arábia Saudita, equivalente a 5 % do suprimento global.

 
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