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CHILE
Greve no metrô de Santiago contra a precarização do trabalho
Redação

Cerca de 400 caixas do Sindicato N°1 da empresa E.C.M Engenharia começaram uma greve depois de não terem conseguido um acordo. A empresa quer manter a precarização salarial e a exploração.

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Os trabalhadores denunciam que não existe uma proposta que "permita que eles escapem da precarização do trabalho na qual se encontram, só propostas com políticas restritivas e de discriminação".

Na negociação, a empresa ofereceu um aumento salarial miserável de apenas $2.057 e $4.610 pesos chilenos, mantendo os baixos salários. Ao mesmo tempo, a Federação dos Sindicatos do Metrô diz que "questionamos profundamente os turnos que exploram e mantém a exploração e a angústia da dita força de trabalho, pois são horários que começam às 04:30 da madrugada os trabalhadores se deslocam de suas casas aos postos de trabalho e terminam às 14:35, seguido do turno das 14:30 à 01:00". Denunciam também os baixos salários e a precarização.

A maioria de trabalhadores em greve, trabalham nas linhas 2, 4, 4A e 5 do Metro de Santiago, parte do setor sul da capital onde circulam a maior parte da população trabalhadora.

A partir do Metrô fizeram um chamado aos usuários para que carregam seus bilhetes Bip! em algumas estações que não estão no conflito, tentando assim responsabilizar os trabalhadores por possíveis demoras. Por outro lado, buscam a forma de minimizar os efeitos da greve sobrecarregando de trabalho o resto dos trabalhadores e trabalhadoras do setor. Essas medidas foram questionadas de maneira enfática pelos grevistas.

Contra toda precarização e pela vitória da greve dos caixas do Metrô

A luta que os/as caixas do Metrô Santiago estão dando, coloca no centro o problema das condições de trabalho, questão que foi discutida em diversas instâncias durante estas semanas, discussões que são produto do projeto de lei pela redução da jornada de trabalho, sobretudo o projeto que o governo do Piñera tenta impor que busca maior flexibilização.

As trabalhadoras do Metrô são um reflexo claro do que no Chile é a flexibilização trabalhista, que se traduz em precarização para a classe trabalhadora. Com o rosto da terceirização, setor onde os salários são 12,5% menores que dos trabalhadores efetivos (“Los verdaderos sueldos de Chile”, Fundación SOL). Além de ser um setor ligado aos transportes que tem turnos extenuantes e escravizantes do setor que trabalha mais de 10 horas por dia.

“Adicionalmente, a rotação de turnos atual é de 6×1 (seis dias da semana de trabalho por um de descanso), impedindo que os trabalhadores possam contar com um fim de semana completos para se desenvolverem pessoalmente, estar com suas famílias, ou simplesmente descansar por 48 horas", precisa um comunicado do sindicato.

A greve denuncia e busca acabar com a precarização trabalhista, questionar a terceirização, assim como defende um transporte público que não esteja à serviço dos lucros como é atualmente, sendo um dos mais caros do continente, e sim que esteja à serviço de todo o povo trabalhador.

 
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